ANABB – Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil.
Fugindo totalmente à finalidade que a trouxe ao mundo, agora é declaradamente uma fachada para suprir suas empresas lucrativas.
Ao abrir um leque de parentescos e enquadramento de estranhos com acesso ao quadro de associados, a Entidade mostra para todos sua verdadeira vocação: fazer negócios.
Sua sede de poder não tem limites refletindo a megalomania de quem a dirige. E a massificação dos números tem sido a tônica a embalar suas metas.
Arvora-se em ser “considerada a maior associação de uma única classe de trabalhadores da América Latina”, com mais de 100 mil sócios e agora parte para conquistar novos horizontes numéricos.
Quem sabe quer ser a maior congregação de diferentes classes de trabalhadores? É o que se depreende da chamada por novos sócios que faz em seu Site, com a abertura de suas portas ao ingresso no quadro associativo.
Lá está dito que agora podem se associar “empregados das entidades ligadas diretamente ao funcionalismo do Banco do Brasil como: ANABB, Previ, Cassi, Empresas Bancorbrás, Cooperforte, Entidades do Sistema AABB e empresas integrantes do Conglomerado Banco do Brasil S.A. e cooperado da Cooperativa Habitacional ANABB Ltda. (COOP-ANABB)”.
Se não bastasse essa salada mista de categorias de trabalhadores, inventou parentes que também podem associar-se, tais como trinetos e trisavós de cônjuge, enteados, sogros, cunhados, etc.
A ânsia de poder é tamanha que perde o respeito por seus sócios e atropela até nomes históricos, chegando ao cúmulo de grafar em chamada de destaque São Luiz com “Z” ao se referir à respeitável capital do Maranhão – São Luís, que sediará o próximo CINFAABB.
O mais estranho nisso tudo é que os dirigentes da Associação aliaram-se a outros e montaram uma chapa para disputar a Eleição da Previ. São, portanto, pessoas com essa mentalidade que querem gerir o maior Fundo de Pensão da América do Sul. Talvez por isso mesmo, por ser o maior, pois só pensam em grandes números.
O que mais impressiona é o fato de que não tinham tempo para defender os participantes e assistidos do PB1 que querem proteger. Imaginem agora, tendo que cuidar de todos esses novos sócios e seus parentes com a dedicação proclamada.
Aliás, esses que abram os olhos porque dedicação não é o forte da ANABB. E preparem os bolsos para comprar seus produtos – a linha é variada, embora sem utilidade alguma para esse público alvo.
Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 29/04/2010.