Grato,
Marcos Cordeiro de Andrade.
Caros Colegas.
O perigo continua rondando o superávit. Melhor dizendo, sua distribuição. E é muito sério o risco em que se incorre pela alimentação de excessos. A começar pelo tamanho da mesa, seguindo pelo volume das propostas para culminar com a má qualidade dos discursos. Tudo peca pelos excessos assumidos, e permitidos.
Para discutir um assunto que diz respeito a dois interessados, busca-se excessivo número de interlocutores para sentar em volta de uma mesa. E haja mesa para comportar tanta gente.
A distribuição do superávit tem dois lados apenas: instituidor e instituídos ou, como queiram, patrocinador e patrocinados. Traduzindo, para dar nome aos bois: Banco do Brasil e Participantes do Plano de Benefícios N° 1, da PREVI. E é só.
Portanto, o excessivo número ocupando os lados da mesa leva, forçosamente, ao desentendimento direcionando ao malogro do intento. Bastam credenciais para representantes do Banco e dos participantes, permitindo-se o comparecimento da PREVi como parte a ser designada para providenciar a distribuição que for determinada em conclusão.
Na Reunião do dia 27/09 foi clara a visão desse inchaço. Para comportar tantos lados na discussão, a mesa disposta deve ter sido fabricada sob encomenda contendo oito lados, isto porque o que deveria ter duas faces teve um dos lados subdividido em 07, ficando assim composta a mesa multifacetada: o Banco do Brasil de um lado ocupando sua cadeira, como representante de si mesmo, enquanto que os participantes e assistidos da PREVI ocuparam as outras sete faces, frutos da divisão originária na falta de entendimento prévio; Contraf-Cut, Comissão de Empresa, e ANABB, colocaram-se puxando a brasa para as sardinhas do pessoal da ativa; diretores e conselheiros (nomeados e eleitos) clamando falsamente pelos interesses da PREVI, mas na verdade operando do lado do Banco, uns, e alimentando a demagogia dos dirigentes da AAFBB, outros; e, por fim, três representações que deveriam se unir em torno de uma só, por redundantes nos seus propósitos FAABB, AFABB-SP e AAFBB. Convenhamos que é muito cacique para pouco índio. Esse excessivo número de representantes pode e deve ser reduzido em nome do bom andamento dos trabalhos. Para isto basta unificarem suas propostas confiando uns nos outros. Ninguém vai estar ali defendendo seu prato de comida, mas a feira duradoura de milhares de famílias. Pensando e agindo assim o lado mais fraco terá mais chances de vitória.
O outro excesso verificado diz respeito ao volume das propostas apresentadas. Sem precisar ser simplista a pedida poderia ter sido simplificada. Para tanto bastava louvar-se no exemplo anterior em que exigências descabidas inviabilizaram agilidade ao desfecho, e direcionamentos irresponsáveis deram margem às injustiças perpetradas.
Mas ainda há tempo para consertos, pois para isto as tratativas continuarão evoluindo. E chegarão a bom termo se calcadas no bom senso.
- Há que se enxugar o corpo de representações para facilitar o entendimento. AAFBB e AFABB-SP precisam subordinar-se à FAABB, e a ANABB deve ser alijada pelo que defende por seus estatutos. E porque sua cota de erros já esgotou na intromissão passada.
- As propostas apresentadas devem comportar entendimento lógico sem o uso de lentes de aumento. E, como no jogo de damas, é preciso sacrificar algumas pedras para ganhar o jogo.
- O foco da questão deve desviar-se do caminho do individualismo e das falsas posições. Tudo deve ser buscado e proposto em nome da distribuição equilibrada de benefícios, mantendo a visão na correção das injustiças praticadas na distribuição anterior.
Tenhamos fé em Deus e confiança nas pessoas que se apresentem em nossa defesa, aguardando dias melhores. O fim do ano está próximo. E a ter peru com champanhe em poucas mesas é preferível que haja galetinhos com sidra em todas.
Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 29/09/2010.