Chapa Limpa

Caros Colegas,

No momento em que formadores de opinião se empenham para viabilizar a inscrição de uma “Chapa Limpa” nas próximas eleições da PREVI, faz-se necessário enfatizar o emblemático significado desse movimento para nossas vidas, enquanto aposentados e pensionistas dependentes dos seus benefícios.

Seguidas eleições desse porte têm sido dominadas pela condenável influência do poderio econômico da ANABB. Por isso, se quisermos tirar da cúpula do nosso fundo os nefastos efeitos da dança das cadeiras, que dá continuidade a esse estado de coisas, temos que mudar o comportamento dos eleitores do nosso meio. E isso somente será possível com substanciais informações sobre o que ocorre.

Como é sabido, a PREVI está refém do Patrocinador que criou normas particularíssimas para reter o poder de manipular o invejável patrimônio formado. Entre essas diretrizes encontra-se o Estatuto, Resoluções e Leis fabricadas sob sua subordinação ao Governo, que influencia na preparação e execução dessas excrescências “legais”. Para amparar o domínio sobre o Fundo, o Banco se vale há um quarto de século da máquina publicitária da ANABB, criada sob sua orientação e alimentada para o fim de servi-lo, sob a forma de fornecedora de elementos para dirigir o pagador dos nossos benefícios previdenciários, além de outras coisas.

Ao olharmos o calendário das eleições havidas é de estarrecer a distância que nos separa de uma chapa de oposição vencedora para dirigir a PREVI. Pois é a ANABB quem manipula a composição da relação dos nomes concorrentes, de modo que sejam os seus indicados os vencedores, sempre.

E os subservientes eleitos quedam-se impotentes sob o domínio do patrocinador que tem a prerrogativa de preencher os cargos dominantes, contando ainda com o voto de qualidade no desempate de proposições do seu desagrado.

Para mudar essa situação temos que colocar pessoas independentes na direção do Fundo através de eleições. Pessoas desvinculadas da ANABB, do Banco e de partidos políticos - no momento tendo o PT como figura de proa capacitada a ditar normas através de sindicalistas infiltrados. Precisamos de gente com vontade política para exigir a reforma do Estatuto, advindo a derrubada do voto de minerva, a volta da figura representativa do corpo social e a imposição de transparência na gestão da PREVI, e, consequentemente, poder para proporcionar melhoria nos benefícios.

Essas aspirações somente serão fatíveis se conseguirmos fazer frente à máquina da ANABB, afastando do caminho os eternos componentes das chapas vencedoras. E estes são velhos conhecidos encastelados nas Entidades que se dizem nossas representantes nas tratativas com o patrocinador, ocasiões em que sabidamente se voltam contra nós, aposentados e pensionistas, e entregam de bandeja o nosso ouro.

Assim, a “chapa limpa” deve esquecer os nomes viciados que dominam a ANABB, a FAABB, a AAFBB, a ANAPAR e Associações de aposentados e pensionistas subordinadas a essas siglas. Querer que constem na nossa chapa dirigentes como Isa Musa, Gilberto Santiago, Cláudia Muinhos (leia-se Sasseron, seu Vice Presidente na ANAPAR) ou qualquer componente da diretoria de associações menores, é o mesmo que entregar às suas entidades os destinos da PREVI. O que, também, será perpetuar a ocorrência dos maus tratos de que somos vítimas por parte do Patrocinador, pela conhecida subserviência que esse conjunto de pessoas representa em termos de “ajuda” ao BB no uso do dinheiro do patrimônio que nos pertence.

Jamais podemos esquecer que essas pessoas são responsáveis por decisões controversas: Isa Musa assinou o acordo de doação de sete e meio bilhões do nosso patrimônio ao BB; Cláudia Muinhos assumiu a paternidade da ADIN em termos que não contemplam a totalidade dos artigos do nosso interesse; e Gilberto Santiago preside a vetusta AAFBB que se aliou à ANABB para eleger dirigentes da sua entidade na inoperante cúpula da PREVI, entre eles sua Vice Presidente que arrebatou de suas mãos o papel que validou o “acordo” assinando por ele, que se negara a fazê-lo num gesto de clarividência.

Na composição da chapa pretendida não pode haver equívocos. Não se podem ignorar os malefícios causados por determinadas figuras no uso do enganador prestígio e poder de que são detentores. Há relações de nomes que impuseram assinaturas em determinados papéis que, somente por isso, devem ser extirpados para sempre da nossa memória ou, quem sabe, gravados nela sem meios de olvidá-los. Do mesmo modo que documentos assinados para validar acordos espúrios, ou moções descabidas, devem ser lembrados, sempre. Foram chancelas sem valor algum em determinados casos de promessas vãs, e outros de devastador resultado para a vida de pessoas atingidas pelas suas atitudes inconseqüentes.

O rótulo de representantes dos nossos anseios e reivindicações jamais pode repousar em figuras desprovidas de honestidade de propósitos e de transparência na apresentação de propostas que nos beneficiem. Não reconheço na FAABB nem na sua Presidente o direito de representar TODAS as Associações de Aposentados e Pensionistas e, igualmente, reputo como suspeita a AAFBB pela sua aliança com a ANABB, caracterizada na última eleição para a PREVI quando colocou dirigentes seus na chapa vencedora. E que lá estão até hoje nada fazendo em nosso proveito.

Rezo para que as cabeças pensantes com poder de coordenar a formação da “chapa limpa” se inspirem nos conceitos de Rui Barbosa e excluam dos seus planos os indesejáveis, por sinal todos relacionados no CANAEL. Mas, se atropelarem meu raciocínio incluindo nomes que ali constem, ou outros, enganadores que, mesmo não listados mantêm postura vampiresca de morde e assopra freqüentando Blogs recomendando “abomináveis”, eu prometo retirar meu insignificante apoio à relação que buscamos formar e, ao contrário, passarei a trabalhar contra ela. Reputo como iguais os que indicam indesejáveis e inservíveis.

Quanto à AAPPREVI, oportunamente os demais Dirigentes serão instados a emitir pronunciamento a respeito do que ora trato, pois somente decido por mim e pelo Blog Previ Plano 1.

E, por estes, assino embaixo.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 13/11/2012.