Marcos Cordeiro de
Andrade
Caros Colegas,
Debaixo dos 50 anos de
contribuinte das nossas duas Caixas, me arvoro no direito de espernear em
revolta pelos maus tratos de que tenho sido vítima no âmbito delas. No dia 15
de maio de 1962 assinei propostas de adesão, mesmo sem saber para que servisse o
jamegão aposto naqueles papéis que me impuseram como parte do ritual de posse
no BB. Nada a reclamar pelo que usufruí em
retribuição aos pagamentos efetuados por conta dessas assinaturas durante certo
tempo. Tempo em que enchia o peito de satisfação ao me declarar funcionário do
Banco do Brasil.
No entanto, passados cinquenta
anos da iniciação, vejo com intranquilidade os rumos tortos que trouxeram até
aqui esses outrora esteios de confiança, pelos quais venho pagando mensalidades
ininterruptamente durante metade de um século vivido. Vejo também que as duas Caixas
hoje se equivalem na má prestação dos serviços devidos, não somente a mim, mas
aos milhares de contribuintes em igual situação independentemente do tempo de
contribuição transcorrido. Tudo por conta de más gestões sucessivas.
Durante todo esse tempo vi serem
feitas seguidas mudanças estatutárias sempre que aos donos do poder convinham
essas alterações. No bojo de todas elas havia sempre algo escondido nas promessas
explícitas de inovações salvadoras. E as havidas na PREVI trouxeram tantos
prejuízos aos dependentes que hoje os Tribunais não dão conta do exame das
ações impetradas para reparar lesões de direitos adquiridos, direcionadas aos maus
cuidadores dos benefícios previdenciários legalmente devidos.
Descontentamentos à parte. Faz-se
imperioso esclarecer como anda a posição adotada por dirigentes para engabelar,
ludibriar e levar no bico todos que fazem parte desse universo de “assistidos”
da Cassi e da PREVI, mais os seus apêndices CARIM e CAPEC.
Não podemos esquecer que enquanto
nossas Caixas eram administradas dentro dos fundamentos da criação, tudo fruía
às mil maravilhas. Mas, bastou se permitir a mescla entre o idealismo e o
proselitismo para a coisa degringolar. Hoje o que se vê, e que se sente, são
duas empresas voltadas para o faturamento puro e simples como se destinadas ao
lucro cego em cima de seus ordeiros mantenedores. E, como toda empresa
lucrativa, fecham os olhos para certos parâmetros que regem a conduta
independente, o caráter e a capacidade produtiva de servidores “eleitos”. Tudo
em função do lucro desmedido tido como meta prioritária, que torna desumano o
tratamento que nos dispensam.
Noutro segmento, por falta de quem
se arrisque ao desempenho de espinhoso cargo, nasceu a oportuna classe de
Síndicos Profissionais para gerir as finanças e destinos de aglomerados
residenciais e até mesmo comerciais. Convencionalmente escolhidos pelo voto de
proprietários dessas unidades (seus ocupantes ou não), o cargo de síndico pode
ser exercido por profissionais do ramo vindos de fora, pela escassez de
elementos que se credenciem normalmente.
Embora não oficialmente
reconhecido, ocorre fenômeno semelhante nas nossas duas Caixas onde indivíduos
de há muito se revezam como se fossem síndicos contratados, mesmo sob a fachada
de escolhidos pelo voto enquadrados em requisitos próprios. Para enganar
desavisados – inocentes úteis – eles se mantêm seguidamente na direção da PREVI
e da CASSI fazendo vezes de profissionais, “contratados” que são mediante
percepção de polpuda remuneração mensal.
Diferentemente daqueles
componentes da nova profissão consentida, estes imitadores não se aboletam nos
postos como síndicos de luxo porque faltam interessados para o exercício
pretendido, pois os há em grande número e competência ímpar. Ocorre que essa
privilegiada classe, que entre nós se locupleta desse modo, montou um esquema
infalível que lhes garante a perpetuação no poder. Como o que acontece em ditas
“grandes“ associações de oriundos dos quadros do BB, onde é comum dirigente se
eternizar como mandante sem justificativa aparente. E não seria muito exigir
sua inclusão no rol de móveis e utensílios dessas Entidades onde,
respeitosamente, figuraria numa nova nomenclatura de balanço: bens humanos
duráveis (ou perpétuos).
Nesse contexto o fisiologismo é
fortíssima ferramenta aliada ao poderio econômico e financeiro de Associações e
Entidades que tiram proveito dessas gestões encomendadas, mantendo os permanentes
candidatos na crista da onda que embala eleições sucessivas. Para, assim, unirem
o útil ao agradável: os “síndicos” ganham dinheiro para fingir que praticam
gestão independente e as Entidades ganham poder através desses prepostos
manobrados como marionetes que, assim como tais, são desprovidos de vontade
própria e discernimento, pelo não reconhecimento de que o lugar deve ser
exercido em direção ao corpo de associados que lhes pagam os elevados salários,
mesmo recebendo míseros benefícios previdenciários.
Se não bastasse o despudor de
valerem-se do prestígio oportunista falsamente conseguido na “experiência”
adquirida em sucessivos cargos ocupados, se permitem fazer conchavos para
indicação de candidatos por parte dos poderosos financiadores de campanha. Nelas
são gastos rios de dinheiro para divulgar demagógicas promessas que são esquecidas
logo depois da posse. Tudo resultando no impedimento da renovação evolutiva,
porque quando ocorre alternância de nomes isso se situa dentro da mesma escala
de inservíveis pela origem contida. De
se notar que determinados postulantes vislumbram oportunidades futuras e não se
furtam em desempenhar o papel de lambe botas durante parte da vida, pois contam
que amanhã eles serão os donos das botas a serem lambidas.
Para quem acompanha atentamente
nossas eleições, e queira comprovar essas assertivas, basta recorrer aos
panfletos das últimas campanhas eleitorais da CASSI e da PREVI para se deparar
com os mesmos nomes, para cargos equivalentes num constante revezamento da
origem e dos pleitos. Acima disto, nota-se o despropósito comprovado de que
essas pessoas não são as mais indicadas para as funções, pois mostram despreparo
para o exercício sempre que vem a público prestar esclarecimentos solicitados,
cumprimento raro, aliás. Apesar do que não escondem o desmedido apego aos
cargos ocupados, pelas benesses permitidas e elevados salários garantidores de
recheadas aposentadorias herdadas dessas remunerações.
Esses elementos, depois de
satisfeitas suas necessidades eleitoreiras, pouco se importam com quem deles
dependam (todos aposentados e pensionistas), muitos dos quais carentes de
cuidados especiais como as viúvas desamparadas e idosos no final da vida. Esse quadro faz de dirigentes assim os industriais do voto, a exemplo do que
ocorria no Nordeste na década de 50 com os “industriais da seca”. Pois em ambos
os casos enquadram-se como ferrenhos seguidores da Lei de Murphy. E, mais
proximamente, da Lei de Gerson.
Por tudo isto, há que se ter em
mente que o universo dos assistidos pela PREVI e pela CASSI alcança a casa dos
milhões de indivíduos, se incluirmos nesse número os dependentes diretos e indiretos
envolvidos. O que torna oportuno direcionar alerta aos atuais dirigentes:
Em que pese seu envolvimento com
partidos políticos situacionistas, e por isso mesmo, recomenda-se como óbvio
que exerçam seus cargos com direcionamento único ao que se prestam nossas
Entidades – atender associados e dependentes com isenção política, vendo neles
seus colegas de infortúnio que por um acaso permitido por Deus são
momentaneamente seus patrões.
Ademais, nos caberá como participantes
com direito a voto a responsabilidade para exercer mudanças na insustentável
situação vigente. Para tanto, devemos continuar atentos ao envolvimento com os
assuntos que nos dizem respeito redobrando a vigilância, sem medo de oferecer
opiniões e fazer comentários pertinentes. Também deixando de lado o comodismo
do anonimato medroso – atuante ou não.
Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 26 de setembro
de 2012. www.previplano1.com.br
Leia a Revista Direitos, da AAPPREVI:
18 comentários:
sergioinocencio deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Estamos mal servidos":
Marcos,
todo candidato é um amor de pessoa e cheio de boas intenções, em todas as instancias infelizmente, depois que se elege, deu pra bola.
Os candidatos a cargos na previ são piores, pq de uma hr para outra passam a ter sua vida financeira resolvida, e com direito a guardar algum para um futuro não muito distante.
Nos iludimos nós que votamos contra eles, agora imagino eu, como fica o cara que votou neles?
Alias, não imagino, tenho certeza, correm todos aqui pro Blog para meter o pau e falar impropérios, uma pena, por mais que se tente, se alerte ou se mostre, temos muitos aposentados que ainda não entenderam, escolhendo alguém confiável ou uma chapa, só do nosso lado, e só com os nossos votos, ela estaria lá, hj mesmo, tentando resolver e desatar todos os nós que colocaram na Previ para dificultar a vida dos aposentados.
E para finalizar um alerta:
FIQUEM ATENTOS TODOS OS APOSENTADOS POR INVALIDEZ, POIS DEPOIS DE 10 ANOS APOSENTADO O INSS ME CHAMOU PARA UMA PERICIA.
g. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Estamos mal servidos":
Prezado Marcos,
Parabéns pelo exemplar trabalho e por mais essa fulminante denúncia. Não podemos nos esquecer, entretanto, de que as eleições Previ/Cassi são totalmente controladas pelo maior interessado (?!?), que sequer permite a devida fiscalização (?!?) a que temos direito, via "log" (histórico) ou via voto impresso (únicas formas de fiscalizar eleições eletrônicas, conforme pareceres de técnicos e professores na matéria). Dessa forma, talvez caibam perguntas: a chapa 6 realmente venceu? Aposentados realmente não comparecem?
O devido "log" da última eleição Previ foi, reiteradamente, solicitado ao (ex-)patrocinador por nosso colega e candidato Edison de Bem, conforme regulamento eleitoral, sem qualquer resposta até o momento, s.e., o que, talvez, nos remeta a necessidade e conveniência de uma interpelação judicial agora e sempre que isso ocorrer.
Ao ensejo, envio um
Abc do g. giongo.
Conheço algumas pessoas, eleitas para a direção da PREVI e da CASSI, muito poucas. Amo algumas delas. Mas, discordo da forma como se faz a escolha dos nossos REPRESENTANTES. Logo, de início, como ROUSSEAU, tenho alergia a REPRESENTANTES. Prefiro os DELEGADOS. Quanto à forma de escolha, eu já propuz modificá-la. Minha proposta de forma de escolha, essa sim, DEMOCRÁTICA e sem influência do DINHEIRO, está no meu blog.
Edgardo Amorim Rego
26/09/2012
Bancos propõem reajuste de 7,5% para funcionários
Thâmara Kaoru do Agora
e Folha de S. Paulo
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) aumentou ontem a proposta de reajuste salarial para os bancários. Inicialmente, os patrões ofereceram 6% de aumento para a categoria. Agora, a proposta subiu para 7,5%.
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) recebeu a proposta e afirma que o comando de greve dos bancários irá recomendar que a categoria aceite a oferta de aumento.
Para Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a proposta tem avanços nas principais reivindicações da categoria.
Fonte: Agora São Paulo
Boa tarde, querido Marcos. Estou dando uma passadinha por aqui para desejar vida longa ao nosso blog Previ Plano 1. Parabéns!
Quanto a Cassi, tenho pavor só de imaginar que algum dia eu possa precisar ser internada por esse plano.
Que Deus, nos proteja. Um grande abraço.
Boa Tarde, Marcos Cordeiro e Equipe!
Venho parabeniza-los pelos grandes feitos desta entidade tão seria,tão novinha e que cresceu como um bebe que vivi com tamanho amor e dedicação
como são seus verdadeiros pais.
E simples assim. Amor, fé acreditar na capacidade emanada por Deus, quando os fez escolhidos.
Seria otimo que não houvessem tantas divergencias. Mas sem concorrencia não existe liderança.Tenho certeza que em breve a AAPPREVI, sera nossa unica casa, onde todos comungarão da mesma ideia. Acreditar no trabalho, e que todos nunca esqueçam que sem DEUS jamais chegaremos onde precisamos, e para isto, não devemos reclamar, blasfemar, mas sim orar e crer que ELE pode todas as coisas.
Eu os amo.
Bjs de carinho.
Marisa Moreira
Marcos,
E saber que hoje existe em todo o nosso País um fruto da "industria da seca", o Sr. Lula que a exemplo dos antigos donos dos "currais eleitorais" passou a praticar com o seu governo a "industria das bolsas".
Assim, tentam fazer do Brasil uma República Sindicalista, pelegos em todos os setores!
Aqueles de nós, como você, que muito sabe do que fazem conosco na PREVI e CASSI e principalmente no Brasil, espero continue a delinear os caminhos que possamos seguir.
Desde já, de minha parte agradeço você e sua equipe na AAPPREVI o que teem feito.
Bancários aprovam fim de greve em SP, Rio e BH
Estadão Conteúdo – 3 horas atrás
Os bancários de São Paulo que trabalham em instituições privadas aprovaram em assembleia na noite desta quarta-feira (26) o fim da greve da categoria, que teve início no dia 18. Na terça-feira (25), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) propôs ao Comando Nacional dos Bancários um reajuste de 7,5% para os salários, o que representa um aumento real de 2%. A oferta dos banqueiros agradou aos sindicalistas que sinalizaram o fim da greve.
Bancários de instituições privadas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Rondônia, Roraima e Rondônia confirmaram as perspectivas do Comando Nacional e decidiram aprovar a proposta da Fenaban e voltar ao trabalho nesta quinta-feira.
Os funcionários do Banco do Brasil (BB) e Caixa também fizeram assembleias para analisar as propostas específicas feitas pelas duas instituições públicas. Os empregados do BB concordaram com a proposta do banco e também voltam ao trabalho.
O pessoal da Caixa, no entanto, decidiu rediscutir a proposta em nova assembleia prevista para esta quinta-feira.
"A proposta foi aprovada por unanimidade", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. De acordo com ela, os funcionários dos bancos privados representam quase 90% do total dos bancários de São Paulo. Ao todo, a categoria tem 500 mil trabalhadores no País, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
No final de agosto, a Fenaban havia apresentado proposta linear de reajuste de 6% para salários, pisos e benefícios. O pedido dos trabalhadores anteriormente era de 10,25% de reajuste salarial, sendo 5% de aumento real. Em 2011, de acordo com Cordeiro, a categoria ficou parada por 21 dias e recebeu aumento real de 1,5%. Neste ano, com oito dias de mobilização, os bancários conseguiram aumento real de 2%.
Entre outras coisas, a Fenaban propôs, além do aumento salarial, reajuste de 8,5% (2,95% de aumento real) para piso salarial, vale alimentação e vale refeição. O piso do caixa passa de R$ 1.900,00 para R$ 2.056,89. O vale alimentação passa de R$ 339,08 para R$ 367,92. O vale-refeição vai de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. O aumento proposto pela Fenaban para a parte fixa da participação nos lucros e resultados (PLR) e para o teto do adicional foi de 10% (aumento real de 4,37%). A PLR adicional é de 2% do lucro líquido distribuído de forma linear.
Fonte: Yahoo
Ação da AAPPREVI sobre IR 1/3 PREVI (Bitributação).
Esclarecimentos da ANABB, a quem agradecemos.
----- Mensagem encaminhada -----
De: ANABB Responde
Para: marli
Enviadas: Terça-feira, 25 de Setembro de 2012 15:26
Assunto: Re: Ação Judicial IR Bitributação -Enc: ATENDIMENTO PREVI - 7001515-5
Prezada Marli,
Esclarecemos que o depósito judicial está sendo feito para todos os associados da ANABB. Todavia, somente serão beneficiados aqueles que encaminharem os documentos para se habilitarem. Como você não encaminhou os documentos, você não participa da coletiva. E o depósito judicial também não prejudicará o andamento do seu processo patrocinado pela AAPPREVI.
Esperamos ter prestado os devidos esclarecimentos. Nos colocamos à disposição para quaisquer outros.
A ANABB agradece o seu contato.
Atenciosamente,
Pedro Henrique de Oliveira
Assistente de Diretoria | ANABB – Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil
SHC/Sul 507 - Bloco A - Loja 15 | CEP: 70351-510 | Brasília – DF
Tel: +55 (61) 3442-9696 | Fax: +55 (61) 3442-9655 | E-mail: anabbresponde@anabb.org.br
Obs. do Blog.
Excluímos os elementos identificadores da destinatária para preservar sua privacidade.
Leiam no Blog do Ed:
Mensagem ao Senador Wellington Dias
Por Edgardo Rego
http://blogdoedear.blogspot.com.br/
Concordo com alguns que dizem que o Empréstimo Simples deve ter taxas maiores e obstáculos idem para os que estão em idade mais alta. Questão do equilíbrio do plano previdenciário.
Não estou ofendendo ninguém, tenho 33 anos de Previ, estou na ativa e não pretendo me aposentar já(ao menos em um horizonte de 4 anos). Mas, preocupo-me com a situação da Previ por ser associado.
Todavia, acho que os comentários e respostas deveriam se situar em alto nível(escrevo em diversos locais de internet, mais sobre economia e filosofia e tenho mesmo um blog sobre cultura), e penso que quem critica o blogueiro deveria ser melhor tratado, mesmo porque não há crítica pessoal, mas apenas ideias divergentes.
Um abraço,
Prezado Diogo.
Com referência à opinião do último parágrafo, ouso dizer que a recíproca é verdadeira.
Sr. Marcos,
Sobre ANABB Responde: Quer dizer que, embora tenha contribuido durante décadas, quem não é mais sócio da entidade fica de fora do benefício da ação?
Caro Admir,
Não necessariamente. Você pode reingressar como sócio da ANABB e seguir o ritual de participação na ação patrocinada por ela. Entre em contato e peça orientação.
O QUE MAIS VIRÁ?
Edison de Bem e Silva
Acabou a oposição política neste País, não se ouve qualquer contestação aos desmandos, às injustiças, a desobediência a LEI e ao pisoteio insensível da classe política nos mais necessitados.
O Poder faz o que quer e nem a justiça é capaz de refrear as transgressões, os abusos e os prejuízos que, cotidianamente, são imputados aos mais fracos, geralmente doentes e idosos, segmentos marginalizados e vistos, nas estatísticas governamentais, como peso desconfortável na balança da assistência e da previdência.
Estatisticamente os “velhinhos” tem hora e dia para morrer, embora teimem em sobreviver.
Igualmente não se vislumbra qualquer tipo de oposição na área sindical. Estão todos do mesmo lado e só nós do outro. Somos uma oposição inerte e cansada.
Até quem ainda está na ativa sucumbiu ao jugo governamental. Senão vejamos, porque evidente e vergonhoso, o rumo das negociações salariais dos bancários este ano. Nas pré-assembleias dos Estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foi acordado que o índice de correção salarial pedido seria fixado em 14%. Muito justo.
Curiosamente, na reunião a nível nacional, este índice foi rebaixado para 10%. Ora, qualquer leigo em processo de negociação sabe, se joga lá em cima a pedida, para poder chegar o mais perto possível do objetivo.
Agora o golpe fatal. Leio hoje, estupefato, que o Comando de Greve recomendou que os bancários voltassem ao trabalho, aceitando o EXCELENTE reajuste de 7,5%.
Evidente que este já era o índice combinado com os PATRÕES (bancos particulares) e o GOVERNO (bancos estatais). Ora seus “capachos” travestidos, não lhes chegam a subserviência total ao que determina o Governo, agora trabalham, também, em favor da “corja” de banqueiros que, vergonhosamente, sempre explorou e sangrou os trabalhadores e o nosso povo?
Continua na Parte II
Parte II
Onde está CUT, velha inimiga de morte de banqueiros e empresários exploradores? E os grandes sindicatos e associações? Onde estão os sindicalistas que chegavam aos extremos para “parir” reajustes decentes, em épocas passadas, com outros governos? Hoje é tudo uma coisa só, quem não estava junto, foi comprado ou está negociando para ser, como bem demonstra o processo do MENSALÃO.
O Banco do Brasil, sempre foi a CASA com respeitabilidade insuspeita, imune a negociatas. Através dos tempos, criou administradores destacados, figuras exponenciais que sempre souberam bem conduzir os seus negócios, desde a sua Presidência até as gerências de agências.
O Banco do Brasil, antigo sonho de jovens para abrigo de suas carreiras, oferecia segurança, profissionalismo, assistência e previdência de primeira ordem, além de remunerar seus servidores, de acordo com a importância do trabalho desenvolvido.
É tão chocante o atual momento do Banco do Brasil que o Ministro Gilmar Mendes não se conteve e lamentou: “O que fizeram com o Banco do Brasil”!
Caro Ministro, a resposta é simples, a mesma coisa que fizeram com a PREVI, trocaram profissionais por políticos e “ovelha não é para mato”, como sindicalista não é para trabalhar. É só verificar a quantidade de nomeados em cargos de comando, que simplesmente trocaram calça jeans e camiseta pelo terno e gravata, sem a mínima competência para tal.
Acabei de ler outro desabafo, agora do colega Wagner Nascimento que levanta o caso da gerência média no Banco do Brasil:
-” A gerência média do Banco do Brasil não pode ter um comportamento semelhante ao de uma rã na chaleira. A inércia quanto às metas abusivas, à pressão e ao assédio moral tem levado a gerência média do BB a uma percepção tardia de que o corpo já está cozido, debilitado e doente; e, mesmo assim, acham que as coisas são assim mesmo e não adianta fazer nada”.
E Wagner continua em sua análise:
- “Nenhum deles sabe como são criadas as metas, nem o porquê das constantes e “estimulantes” mudanças no Programa Sinergia - Sistema de Acompanhamento de Metas do Banco do Brasil, de forma que este não seja entendido nem pela gerência média, nem pelos gerentes gerais das agências. Nem mesmo as Gerências Regionais
Continua na Parte III - final
Parte III - final
não sabem de forma mínima explicar o porquê de uma carteira de clientes estar em 1º lugar em um dia e no dia seguinte ser a última colocada. Como explicar também uma carteira ter saldo positivo de 70 mil na segunda-feira à tarde e, na terça-feira pela manhã está devendo 1 milhão? É normal uma meta de um semestre para determinado produto ser estabelecida em 300 mil e no meio do período se transformar em 1,5 milhão? “---
Os próprios sindicalistas, alguns já assustados com a situação, como foi divulgado no jornal ESPELHO-Sindicato de Brasília, já falam em DITADURA dentro do Banco. Será que voltaram os militares?
Vamos analisar; quem nomeou e mantém no comando o Presidente do Banco do Brasil? O Governo. Então é de se presumir que as orientações e diretrizes obedeçam ao Governo, ou não? E este não é o tão badalado Governo popular e democrático?
Muito embora a Presidenta Dilma tenha sempre destacado que uma das prioridades de seu Governo são os idosos, até agora só contabilizamos prejuízos e “dor de cabeça”. No caso dos assistidos em Empresas de Previdência, a criação da Resolução 26 no Governo Lula e, agora, a regulamentação da retirada de patrocínios é golpe estratégico e fatal contra a “velhice” e suas economias previdenciárias.
Fica a pergunta. O que mais virá?
Edison de Bem e Silva
Caros Colegas,
Aos que insistem em perguntar pela volta dos anônimos neste espaço quero deixar claro que aqui o efeito sanfona não funciona. Uma vez tomada a decisão de proibir o acesso ela é tida como definitiva.
Os que não podem se identificar por necessidade, por conveniência ou por medo, têm a opção de migrar para onde possam construir seus ninhos, como fazem aves de arribação quando querem nidificar em segurança.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
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