Solonel Jr.
"Somos
diferentes." Realmente, somos diferentes. Aceitamos as mentiras dos dirigentes
da CASSI e da PREVI. Elegemos mentirosos para dirigirem a CASSI e a PREVI. E
deixamos escapar uma “diferença” que já houve.
Quando
entramos no Banco do Brasil, nós, os ora aposentados e muitos dos que ainda se
encontram na ativa, tínhamos um plano de saúde realmente diferente.
A bem da
verdade, nem deveríamos chamar de “plano de Saúde”, pois tínhamos na verdade
uma “assistência à Saúde”.
Mas
alguns iluminados colegas, com poder de mando, mandaram ver. Desconstruíram a
CASSI (e também a PREVI) de antigamente, e isso com o auxílio de gente lá posta
por nós, na esperança e na certeza de bem nos representar.
Só na
PREVI, de tantos superávits abocanhados pelo patrão, foi agora reconhecido
nosso direito de calculo de acordo com as regras da posse, e não da
aposentadoria.
E o que
significa isso? Ora, estou aposentado há exatos 125 meses. A cada mês recebo,
segundo calculo de um perito, uma diferença a menor de R$ 1.700,00 em números
redondos (para baixo).
Isso
significa “apenas” uma dívida de PREVI para comigo de algo em torno de R$
212.500,00. Sem correção. Só para ilustrar.
Agora
pensem em quantos colegas aposentaram desde 1997 pra cá, por exemplo. E em
quanto isso representa.
Será que
ainda haverá superávit? Quem será responsabilizado quanto a isso? Sobre quem
deverá haver uma ação de retorno?
Meu
alerta é no sentido de que, se demoramos a cobrar o que é nosso, ouviremos da
justiça o mesmo dito em relação à equiparação do BACEN: isto é impagável.
Acabo de
chegar do consultório de um urologista aqui em São Luís. Consulta conseguida
através da CASSI local, pois nenhum aceita mais. Sábado, 7.30 da manhã. A
atendente, com um belo sorriso nos lábios me informou assim que eu me
apresentei, orgulhoso, com a carteira da CASSI na mão - NÓS JÁ AVISAMOS QUE NÃO
ACEITAMOS MAS A CASSI.
E agora?
como bem disse Drummond, nos versos abaixo: e agora José?
A festa
acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora,
você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama,
protesta? e agora, José?
Estás sem
mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode
fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o
riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e
agora, José?
E agora,
José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua
biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio -
e agora?
Com a
chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o
mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?
Se você
gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse,
se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José!
Sozinho
no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar,
sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José!
José,
para onde?
De outro
Drumond, mas com um "M" só.
Aliás,
Solonel Jr
Solonel Campos Drumond Júnior é
associado da AAPPREVI
Obs. do Blog: A ação RMI da AAPPREVI vem acumulando
despachos favoráveis sucessivos. Acessem o site www.aapprevi.com.br e leiam a Revista
Direitos, da AAPPREVI:
3 comentários:
Colegas,
Este texto veio bem a calhar pra nós aposentados recentemente (aposentei em 2007). Vamos procurar nossos DIREITOS na Justiça.
Obrigado.
ZE LUIZ/ TETEU
Texto maravilhoso, realidade nua e crua, a nossa realidade. Até eu me atrevo a perguntar, e agora???????
Parabéns, Sr Marcos! O senhor nos surpreende cada dia mais com seus textos! Textos verdadeiros!
Um belissimo final de semana!
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