Caros Colegas,
À parte a revolta que me dá o conhecimento de tão abjeta
falta de acolhida ao pleito relatado, vem-me o nojo próprio do lidar com
pessoas desqualificadas para os postos ocupados, servis capachos da
burocracia implantada a serviço do capitalismo e da subserviência - que bem
justificam posturas cegamente defendidas no zelo imposto ao avesso trato com
nobres vultos da Casa a que servem indevidamente. Não importa o cargo exercido,
se de Gerente ou o de Presidente da Instituição. O que mesmo importa é o fato
de se desincumbirem da missão abraçada de modo tão condenavelmente impessoal e
degradantemente inaceitável.
O relato a seguir diz tudo que de negativo poder-se-ia
registrar contra o tratamento que o Banco do Brasil dispensou recentemente a um
dos seus mais longevos correntistas, Colega Holbein Menezes com noventa anos
completados, e que recebeu como presente pelo transcurso da data o descaso
estampado na falta de atenção do Presidente do Banco do Brasil a um legítimo
pleito que lhe foi direcionado, e que nem mesmo se dignou assinar a negativa
resposta.
Além do mais, em última instância o Banco poderia fazer bom
uso propagandístico do teor da carta, como bem me relatou o missivista:
“Em anexo você encontrará o “leitmotiv” do meu profundo
desgosto com qualquer assunto que envolva o Banco do Brasil. Diabo! Ao oferecer
ao Banco uma real e rara ocorrência – que bem poderia servir de
inteligente propaganda concreta para o Banco, e não as generalidades idiotas
que utiliza nas propagandas veiculadas pela mídia – ao fazer isso em mensagens
remetidas pela Internet e dirigidas ao Presidente Aldemir Bendine recebo em
troca a burocrática e fria carta (transcrita) que também vai em anexo.”
Aos Colegas que me leem peço compartilhar da minha revolta,
pois tudo isto é real, e foi-me remetido pelo respeitabilíssimo Holbein
Menezes:
Em 21.08.2012 – às 10.18 hs:
Senhor Presidente do Banco do Brasil S.A.
Meus Respeitos.
No ano próximo de 2013, como depositante
completarei SETENTA ANOS DE FIDELIDADE exclusiva e absoluta ao
Banco do Brasil; por isso que abri minha conta de depósito em 10 de junho de
1943 na Agência de Sobral, Ceará, e continuei a mantê-la, ainda com exclusividade,
nas agências de Fortaleza (até junho de 1956), e no Rio de Janeiro, Agência
Central (até 1983), e na de Florianópolis (até 2007); após o que, no ano de
2007 transferi a conta para a Agência da Praia de Iracema, em Fortaleza, da
qual continuo depositante em conta conjunta com minha mulher, Hermosa Maria.
Repito: fidelidade exclusiva e absoluta;
jamais fui cliente de outro Banco.
E conheça mais Vossa Senhoria, Senhor Presidente: saiba que
em tempo algum nesses longos SETENTA ANOS estive deficitário nem sequer uma
semana: nem na conta-corrente nem no pagamento mensal do cartão de crédito
ouro. (O número da conta tem permanecido o mesmo em todas as agências e por
todos esses SETENTA ANOS, ou seja, 4.229.340-5).
Ora, nos dias modernos a fidelidade dos clientes tem
sido qualidade bastante perseguida pelas modernas grandes empresas prestadores
de serviço; que retribuem, em reconhecimento, facilidades e benefícios,
e, algumas vezes, regalias. Assim, pois, com a presente mensagem venho
trazer ao seu conhecimento, Senhor Presidente, minha determinação de continuar
fiel ao Banco do Brasil, mas também meu desejo de receber, por parte do Banco,
o reconhecimento dessa fidelidade exclusiva e absoluta; reciprocidade,
aliás, que foi, sublinhe-se, um dos sagrados mandamentos de JESUS: Dai e
dar-se-vos-á.
Assim, pois, proponho que
a materialização da reciprocidade entre essa empresa de crédito e mim se
faça do modo abaixo:
a)
pela via da consolidação dos saldos devedores, em uma única conta,
dos empréstimos consignados que contrai por motivo de extrema força maior
(ajudar minha mulher a adquirir um apartamento residencial para nós, uma vez
que minha idade avançada não permitia ter eu imóvel em meu nome), na Agência da
Praia de Iracema (cujos saldos, em valores de princípios de agosto de 2013,
são, respectivamente, de R$ 33.299,56 (96 meses) e R$ 146.980,95 (60 meses),
pelos quais empréstimos são-me debitadas mensalmente as importâncias de R$
738,65 e R$ 3.886,74, a perfazer o total mensal descontado de R$ 4.625,39;
b) como
evidência de benefício pleiteio a simples extensão do prazo
do “empréstimo consolidado” aqui requerido, para noventa e seis (96) meses,
que é, aliás, o prazo de um dos empréstimos acima citado; isso a fim de que este
fiel cliente possa ser beneficiado com a redução no valor mensal
consignado; e,
c)
minha mulher, Hermosa Maria, dispõe-se a assinar, junto comigo, o contrato de
consolidação ora proposto, e aceitar cláusula especial pela qual ela se
obrigue a liquidar o saldo devedor do empréstimo consolidado na eventualidade
de minha morte. O que poderá fazer com os seguros de vida que mantenho na
PREVI, dos quais ela é a beneficiária.
Atenciosamente,
Holbein Oliveira de
Menezes
4.229.340-5 e CPF
000707427-15.
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REITERAÇÃO:
Em 4.09.2012, às 10:27:
Senhor Presidente ALDEMIR
BENDINE,
Presumo que Vossa Senhoria não
recebeu ainda de seus Assessores próximos a mensagem abaixo que dirigi à
Presidência do Banco do Brasil em 21 de agosto último; a requerer o Instituto
da reciprocidade entre a empresa da qual Vossa Senhoria é Presidente e mim;
por motivo de SETENTA ANOS DE FIDELIDADE exclusiva e absoluta
minha ao Banco do Brasil.
Volto a sua presença, e que me releve a insistência, porque
no próximo dia 15 deste mês de setembro estarei a comemorar NOVENTA anos de
vida vivida dos quais 30 anos e um dia foram dedicados ao Banco do Brasil sem
sequer uma só falta ao serviço, como atesta anotação em minha Carteira de
Trabalho.
E seria oportuna senão ótima, e única, a ocasião para
merecer do Banco do Brasil o reconhecimento de minha exclusiva e absoluta
fidelidade como cliente, e minha dedicação comprovada por folha de
serviço ao Banco do Brasil.
E será o maior e mais significativo presente que espero
receber por motivo de tão raro acontecimento.
Com respeito,
Holbein Menezes.
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RESPOSTA DO BANCO DO
BRASIL:
14 de setembro de 2012
(SAC BB 2012/19770064)
“Prezado Cliente,
“Concluímos a análise de
sua manifestação, por meio de carta endereçada à Presidência do Banco do
Brasil, registrada sob nº 9770064 em 11.09.2012, no Serviço de Apoio ao
Consumidor – SAC BB, a qual foi objeto de nossa atenção.”
“Informamos que o Banco
do Brasil utiliza-se de metodologia que considera vários parâmetros e critérios
técnicos, em consonância com as normas do Banco Central para a concessão de
qualquer tipo de crédito, inclusive renovações de operações, podendo o pleito
ser deferido ou não, de acordo com o resultado desta análise.
“Salientamos que mesmo
nos casos em que o cliente já opera junto à nossa instituição, a concessão de
novos créditos está sujeita a critérios internos, necessários para garantir os
princípios de seletividade e diversificação de riscos previstos na Resolução
CMN 3258, de 28 de janeiro de 2005.”
“No tocante a solicitação
objeto da sua manifestação, informamos que foi efetuada nova análise, porém o
seu pleito não foi passível de atendimento.”
“Prestadas essas
informações, permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos,
se julgados necessários, por meio da agência de relacionamento ou dos seguintes
canais:”
Central de Atendimento (saldos, extratos, cartões,
pagamentos, transferências, resgates, elogios, sugestões e outras transações
bancárias) – 4004-0001 ou 0800 729 0001 – atendimento humano, nos dias úteis,
das 7h às 22h, e atendimento – 24hs, todos os dias da semana;
• SAC –
Serviço de Apoio ao Consumidor (informações, dúvida, reclamação, suspensão ou
cancelamento de contratos e de serviços) – 0800 729 0722 – 24Hs, todos os dias
da semana;
• Portal BB
– www.bb.com.br;
• Ouvidoria
BB, para situações não solucionadas pelo atendimento habitual – 0800 729 5678 –
em horário comercial – das 8h às 18h – de 2ª a 6ª feira, exceto dias não úteis;
• Para
deficientes auditivos ou de fala – 0800 729 0088.
Atenciosamente,
Osmaif
Caporalini (Gerente) e Eloisa Pereira (Gerente).
Marcos Cordeiro de
Andrade – Curitiba (PR) – 07 de outubro de 2012.