Marcos Cordeiro de
Andrade
Caros Colegas,
No longínquo ano de 1970, depois
de viajar durante oito horas seguidas em um ônibus sacolejante por estradas de
barro, fui deixado na pequena (e única) Praça da Cidade, no sertão da Paraíba.
Eram cerca de duas horas da madrugada e tudo estava deserto. Bem à minha
frente, do outro lado da rua, vislumbrei numa placa o que me pareceu o
acolhimento para descansar o corpo da viagem. Era uma casa geminada com portas
de duas bandeiras altas, cuja placa era uma pequena tira de madeira, pintada de
preto com letras brancas – “Hotel S. João”, onde o S era ao contrário, como se
fora propaganda subliminar para atrair clientes. Mas não tinha vagas, porque
não tinha camas – só gancho nas paredes para armar redes. E eu não levara uma.
Frustrado, depois de caminhar um pouco percorrendo as ruas de paralelepípedos,
dispostas em cruz, conheci os extremos da Cidade. E em um deles encontrei a
pousada que buscava. Contentei-me em
passar o resto da noite na rede do frentista do único posto de gasolina que lá
havia. Porque ele, comovido com minha situação me cedeu a sua, pendurada nas
duas colunas de madeira do alpendre do posto. Já era hora de começar a lida, fique
à vontade, disse, como o bom anfitrião que existe em todo nordestino. E eu, meio
sentado meio deitado, escanchando as pernas na pequena mala como a protegê-la
de ladrões que não existia cohilei até a hora de me apresentar ao Gerente
Abenor, na Agência do Banco do Brasil de Piancó para onde fora nomeado chefe da
CREGE.
Essas lembranças me afloraram
hoje, trazendo lágrimas aos olhos pela comparação, ao usar a Rede que me acolheu
no mundo virtual e que, ao contrário da pequenina Piancó, não tem fronteiras.
E, diferente daquela, não é usada para dormir, mas para manter o universo bem
acordado.
Nesta outra Rede, a exemplo do
frentista daquele posto, pessoas maravilhosas me acolheram em seus grandes
corações, para dar descanso às horas que passo viajando no moderno ônibus da
Internet. Esta Rede, que também tem nome como aquele pequeno hotel, chama-se
REDE-SOS, e os donos dos corações que a conduzem chamam-se, Daisy, Cleide, Milton
Bertoco, e Giongo. Essas adoráveis pessoas distribuem conhecimento e fabricam amigos se
comunicando virtualmente.
REDE-SOS@yahoogrupos.com.br
REDE-SOS@yahoogrupos.com.br
Não sei quanto ganhava o gerente
do hotel de Piancó. Mas sei que os moderadores do REDE-SOS trabalham de graça,
voluntariamente, 24 horas por dia. Incansavelmente, com pureza na alma e forças
inabaláveis, seguem a missão que Deus lhes deu – semear a concórdia entre
aposentados e pensionistas do Banco do Brasil que acessam a sua Rede.
Mesmo assim, há quem não goste deles.
Pelo menos um pobre coitado declarou isso ontem ao publicar ferino e injusto
artigo em seu Blog. Conheçam-no para evitar o ranço do seu coração. Pelo menos
uma vez acessem o triste espaço. Antes que retire do ar a asneira que escreveu.
Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 05 de julho de
2013.
5 comentários:
A saudade é de todos ... Mas viram a notícia hoje do rombo do Fundo de Pensão Postalis, dos Correios, pela exposição exagerada em ações das empresas de Eike Batista? e a Previ, será que tem também? Deus nos livre e guarde.
Boa Noite Marcos Codeiro e amigos!
Muito bem escrito... e fabricam amigos se comunicando virtualmente.
Sim no Rede-Sos somos amigos.
Existe a sensatez desta pesoas
na liberação das menagens para
que não haja mais e mais
desavenças. Parabens! Tempo em que todos são bem vindos.
A amiga Lazara esta sempre postando tambem as mensagens
do Sr.Ari, muito normal, o espaço e para todos os colegas e amigos. E todos interagem com harmonia. Tambem e claro existem os desafetos, mas nada que uma
palavra de carinho para o e-mail pessoal não resolva.
Deus te abençoe amigo e tambem a Equipe do REDE-SOS.
Oro a Deus que uma hora todos se rendam e lembrem-se que Poderoso so Deus.
Uma Boa Noite e a Paz a todos!
Com carinho
Marisa Moreira
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