Marcos Cordeiro de
Andrade
Caros Colegas,
Não é preciso ter bola de cristal
para antever o fim do imbróglio no decorrer deste mês de dezembro. A notícia da
continuidade do pagamento do BET e da isenção do recolhimento das contribuições
certamente virá como presente de Natal. Talvez até na forma de “presente de
grego” como contrapartida a se pagar.
O certo é que o prejuízo para o
outro lado será bem maior do que ao que pretendem impor aos participantes e
assistidos. Portanto, vejamos a sangria financeira que advirá para o Banco e a dor de cabeça para a PREVI:
PARA O BANCO
1 – Perderá a arrecadação das 12
parcelas futuras do BET;2 – Enfrentará corrida do pessoal da ativa às aposentadorias para retirada do BET acumulado, antes que surja, também, uma fórmula para apropriação dessa poupança;
3 – Pode haver o esvaziamento das contas correntes com fuga para outras instituições,
4 – Voltará a contribuir com sua parte para o Fundo;
5 – Terá que socorrer a CASSI para suprir a situação deficitária que se instalará;
6 -- Será co-réu em ações judiciais impetradas para garantir a continuidade do BET.
PARA O FUNDO
a – Ao valer-se do resultado da
BOVESPA usou de argumentação descabida, pois quando da instituição do benefício
isso não foi citado como fator de risco comprometedor da continuidade do
pagamento;b – Por ocasião da criação foi declarada existência de fundos para honrar o compromisso, o que levou os beneficiados a incorporar o valor ao orçamento mensal até o final de 2014;
c – Enfrentará protestos de toda sorte e será réu em ações judiciais subsequentes que, de imediato, darão ganho de causa aos autores, levando aio pagamento de honorários de sucumbência.
Também, vale lembrar que no
próximo ano haverá eleições para nossas Caixas e o resultado do que aí está
influenciará na reposição de nomes nas Direções.
Ademais, o BB/PREVI/Governo hão
de querer fugir a uma derrota nos tribunais que venham anular seu poder de
barganha, porque não vão parar por aí com os saques vergonhosos ao patrimônio
do Fundo. Na esfera judicial a determinação do pagamento será terminal, sem
protelações. É pagar ou pagar, pois qualquer magistrado incorruptível dará ganho
de causa ao se invocar o Estatuto do Idoso, a Lei da Sobrevivência e os indícios
de trama explícita para desviar o dinheiro do Fundo aos corriqueiros fins
impróprios, pondo em risco o pagamento de benefícios. Além do que, há
fundamentos jurídicos infalíveis a serem aportados à Causa, tais como Pedido de
Liminar, Tutela de Urgência, etc., e outros trunfos mais contundentes que não
se deve antecipar. A AAPPREVI está pronta para qualquer eventualidade.
Todavia, olho vivo para o que
virá no bojo do anúncio da continuidade do BET e isenção das contribuições - o
“trio explorador” não dá ponto sem nó. E para o anúncio certamente se
aproveitarão para legitimar a prática de sugar o nosso sangue, e até mesmo
aumentar a dosagem extrativista. O certo é que o preço a pagar será alto.
Mesmo sabendo-se existir remédio
menos amargo, a continuidade dos saques no patrimônio da Caixa está garantida
com o aval dos mesmos “representantes” que, sem procuração nossa, autorizarão ao
patrocinador efetivar qualquer exigência para atender ao “pedido” de beneficiar
os milhares de associados - como fizeram na escabrosa doação dos sete e meio bilhões
de reais. Isto porque, como todos os vampiros que se prezem, o Banco e a PREVI
já cuidaram de arregimentar novos elementos para engrossar seu estoque de
doadores, lembrando o famigerado Memorando de Entendimentos acoplado ao Termo
de Compromisso, ambos de 24/11/2010.
Em data recente lhes foi dado de
bandeja essa oportunidade. Se fora diferente, por que não aceitaram receber os
indicados pela AAPPREVI para tratar deste e de outros assuntos? A resposta é
simples: porque entre eles não há traidores dos propósitos que embalam a
decência e a hombridade. São pessoas incorruptíveis que nunca se envolverem em
polêmicas sobre representatividade, nem traíram juras de fidelidade. São
indivíduos reconhecidamente entendedores dos fundamentos que sustentam a PREVI e
a destinação do dinheiro da poupança acumulada ao amparo dos estatutos. Não são
vacas de presépio nem papagaios de piratas. São figuras que não se
contentariam, se recebidos, com meras promessas de estudo de manifestos ou
pautas de reivindicações para estudo futuro – exigiriam atendimento imediato. Por
tudo isto, obviamente a cúpula da PREVI evitou se defrontar com sua presença no
Palácio do Mourisco para não se submeter, também, à vexatória pouca
contundência nos contra-argumentos. Pena que entre os substitutos da plêiade
renegada existam nomes igualmente capazes e acreditados que, lamentavelmente,
se deixaram levar pela enganosa propaganda acerca de uma manifestação que nem
de longe beirou o apregoado e, como os demais, se contentaram com promessas que
sabidamente não nos serviram como resultado positivo.Do ocorrido que se tire como lição o fato de que não lutamos contra a secular solidez da Instituição, mas contra passageiros gestores subservientes a interesses alheios aos participantes e assistidos. Denegrir a imagem da PREVI em atos públicos somente nos trará prejuízos pela exposição de problemas particularmente nossos. Até porque a pecha de marajás que nos impingiu o ex-presidente Collor ainda não nos abandonou.
É oportuno salientar que em
momento algum me incluí no pedido da AAPPREVI para audiência com o presidente
Dan Conrado. Isto porque reconheço minha pequenez diante dos nomes apresentados
no que tange aos conhecimentos acumulados, embora rivalize com todos eles em
questões de honestidade, lealdade, perseverança e determinação em repudiar
falsos líderes.
Vida que segue.
Um dia teremos na PREVI
dirigentes que privilegiem a transparência e se sintam na obrigação de receber
os verdadeiros representantes dos participantes e assistidos. Basta saber
votar.
Mas nem por isso o BET vai
acabar.
Marcos Cordeiro de Andrade –
Curitiba (PR), 01 de dezembro de 2013.
www.previplano1.com.br
2 comentários:
Bravo!!!! Prezado Marcos Cordeiro,
Vamos mostrar que eles não teriam condições de nos retirarem o BET e o não pagamento da contribuição à PREVI, agora e nunca. O país já está desacreditado mundialmente do " milagre do consumo", era um superendividamento de dar dó para com os correntista, e investimento, infraestrutura, que era bom nada. Virou pó. Não sabiam que não fazíamos nada na infraestrutura, criações de novas indústrias, preparações profissionais, estão fugindo com seus dólares e os prédios caindo, sumiço de coluna de 25 toneladas na perimetral do RJ, e mais corrupção. Quem quer investir ? Agora dizem que Dona Dilma ganha, mesmo sem nomes para disputa não acredito.
RUMO AO QUE É NOSSO: PREVI
OBS: Estratégia. A hora é agora, Folha de São Paulo, vamos colocar nossos argumentos na Veja( ele escreve lá agora), é só convidar o Lobão, aquele fala se for verdadeiro. Veja a entrevista dele no programa Mesa Redonda de ontem.
Att,
Valim.
Prezado Marcos,
Se for necessário entrar com ação judicial, é só avisar, que preparo os documentos necessários rapidamente!
Abraço,
Cecilia Benassi
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