Marcos Cordeiro de Andrade
Caros
Colegas,
Por mais que se tente socializar o
ingente trabalho de renovação na PREVI, esbarram-se sempre nos mesmos
obstáculos impostos pelo fogo amigo. Historicamente, formamos duas facções em
constante disputa pela hegemonia na gestão do Fundo. De um lado, os legítimos
donos do patrimônio formado, querendo preservá-lo para o fim a que se presta
que é sustentar o pagamento dos benefícios previdenciários. Enquanto que do
outro está instalado o séquito a serviço do patrocinador com postura de
assistido, agindo como beneficiário também, mas, como não tem direito a nada,
mete a mão dilapidando o que é nosso e que de outro modo não teria como dele se
valer.
A dificuldade maior para o sucesso que
buscamos é representada pela disparidade das forças em confronto. Embora o lado
que se opõe ao nosso seja composto de poucos elementos em número de Entidades
(seis, ao todo) BB, Contraf-CUT, PT, ANABB, AAFBB e FAABB, e a nossa força
conjunta conte, no mesmo sentido, com trinta e cinco conjuntos representativos
(as Afiliadas da FAABB e mais três independentes), somando-se a tudo os sites
de relacionamentos integrados por Blogs, Grupos, Movimentos, etc. – todos na
internet – veremos que os lados que se opõem são tremendamente díspares em
questão de volume. Numericamente avaliando é como se fora o infinito em
contraposição ao finito numa disputa de cabo de guerra, onde se posicionam
muitos fracotes para desafiar meia dúzia de fortões. E como em todo cabo de
guerra ativado a derrota aponta para o lado mais fraco, mesmo numericamente
superior, no caso presente funciona como se fossem dispostos nas duas pontas do
embate touros enraivecidos contra ovelhas sem lideranças.
Acrescente-se a essa divergência de
forças o elemento UNIÃO, que lá existe como ingrediente primordial, e aqui não,
e teremos a certeza da desigualdade da luta, somente porque entre nós a
dispersão existe como eterna propriedade cativa. Lá estão sempre concordes em
tudo, ao passo que os aposentados e pensionistas não se entendem. A prova disso
é que basta surgir uma proposta para formatação de uma chapa eleitoral para
desabar o lamentável desfecho. Dá-se o estouro do rebanho em alvoroçada
correria sem direção definida, se machucando nos encontrões da debandada cega.
Uns por medo de assumir o propósito declarado à falta de apoio, e alguns por
desconhecimento de causa. Outros por vergonha de ataques sofridos injustamente
ou por temor de que isso ocorra.
Se do lado de lá há obediência cega ao
propósito do domínio do Fundo, do nosso lado há o confronto em constante
desentendimento pela exigência do conhecimento de quem é quem. Lá sabem que os
fins justificam os meios. Enquanto que aqui se discute, sempre, que meios
possam levar aos fins. Some-se, ainda, a eterna justaposição dos holofotes, e a
procura por lugares marcados para ver quem melhor se posta sob o foco deles, e
o desencontro se define. É quando impera as vaidades ideológicas, a imposição
das vontades do tempo das posições de mando enquanto gestores, o cabotinismo
exacerbado, a ausência de humildade no trato com iguais, a falta de
reconhecimento de que o nivelamento deve prevalecer no meio de aposentados e
pensionistas – todos dependentes da mesma fonte de recursos.
Por fim, o que se tem é a negação dessa
igualdade enquanto seres carentes de justiça, minimamente dependentes dos
mesmos grãos de trigo, das mesmas gotas d’água, dos mesmos provimentos que
mantêm de pé a vontade de sobreviver - acalentados pelo mesmo sopro da vida
exalado por Deus. O Deus único de todos. Dos fracos e dos fortes, mandantes e
obedientes, ricos e pobres – de todas as cores e credos.
Mas, nós, aposentados e pensionistas,
quando envolvidos em política interna fechamos os olhos para a Verdade. E
brigamos dentro do conjunto causando a discórdia e a dissensão. E assim caminhamos
de eleição em eleição. Sem nunca conseguirmos mandar na PREVI que nos pertence,
mas que segue em direção ao nada manobrada pelos de sempre – por nossa culpa,
somente.
Até
quando?
NOTA
DO BLOG: Este artigo foi escrito e publicado por Marcos Cordeiro de Andrade no
dia 15/11/2011, sob o título “Chega de picuinhas” – www.previplano1.com.br
Marcos
Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) –03/03/2014.
4 comentários:
Marcos,
Como é ATUAL este texto. Até quando?
Um abraço.
Edison de Bem
Amigo Edison de Bem,
Boa noite!
Essa foi a intenção.
Porém, uma coisa que não entendo é o porquê de as chapas serem costuradas em surdina, em verdadeiros “bunkers” particulares.
Somente depois da coisa feita é que procuram aqueles que pensam irão ajudar a dar corpo a projetos pessoais. Sim, porque nessas escolhas secretas entram componentes não muito claros, dando margem a entender tratar-se de partilha “entre amigos”.
Ora, se mais cedo ou mais tarde todos os nomes estarão na boca do povo depois de “aprovados”, não seria mais justo e honesto fazer um plebiscito à larga, evitando explicações posteriores – de difícil convencimento!
Também, porque insistir no apoio da AAPPREVI, uma associação que foi expulsa da FAABB por causa da postura independente do seu presidente, e dela própria, e que hoje são assediados por esses fabricantes de chapas para tentar mudar o posicionamento adotado por sua Diretoria? Se eles estão querendo transparência e honestidade de propósitos que as pratiquem também, desde o nascedouro das chapas.
Alegar que há necessidade de se alcançar aposentados e pensionistas que não usam a Internet, é atestar que desconhecem nossa Associação. TODOS os sócios da AAPPREVI têm e-mail cadastrado – condição exigida para a filiação. Logo, são internautas por natureza. Ademais, TODAS as notícias que divulgamos lhes são repassadas. Somente não podemos é dizer-lhes em quem votar – o que seria invasivo e fora de propósitos. Nosso papel é transmitir informações que lhes proporcionem o bom uso do voto. E isso é o que fazemos SEMPRE, todo dia, a toda hora, com ou sem eleições à porta.
Abraços do amigo,
Marcos Cordeiro.
Prezada associada,
Neste Dia Internacional da Mulher, a AAPPREVI lhe dá parabéns por todos os dias vividos como responsável pela geração de vida, e pelas vidas que ainda há de cuidar como MÃE e COMPANHEIRA.
www.aapprevi.com.br
Caro Dr. Marcos Cordeiro, combativo e batalhador dos aposentados e pensionistas do Plano 1. Sou socio da aapprevi, e venho solicitar mais uma vez atraves de seu blog, se possivel, que aposentados como eu solicitem atraves do
Fale Conosco da Previ, a suspenção das mensalidades do ES, nos meses de abril, maio e Junho/2014, pois na primeira vez que solicitei a resposta foi um NÃO, mas estou tentando mais uma vez, na esperança de uma solução positiva. Obrigado se publicar ou estudar o caso. aposentado Goulart, de Cambé-PR.
Postar um comentário