Que a reedição deste texto de 20/05/2011 sirva de
alerta máximo!
Nada mudou desde lá, mas agora temos chance de fazer
mudanças por conta do nosso voto. O exemplo foi dado nesta eleição da CASSI, e
agora a responsabilidade é dupla – tirar do poder os que estão enterrando a
PREVI e não deixar ninguém da mesma laia substitui-los. Mirem-se no CANAEL (www.canael.com.br).
Grato,
Marcos Cordeiro de Andrade
www.previplano1.com.br
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PREVI, o Antro
Marcos Cordeiro de Andrade
Caros Colegas.
A nossa Caixa de Previdência virou antro de
falcatruas, covil de malfeitores e entreposto de abastecimento de dinheiro a
serviço das obras do governo, e também a serviço de ladrões. Em toda negociata
milionária que se comenta os recursos da PREVI estão envolvidos. De há muito é
o cofre onde se abastecem aproveitadores de toda espécie. Celeiro de empregos,
sinecuras e encosto para toda sorte de apadrinhados políticos. É hoje a grande
vaca leiteira de mil e uma tetas a amamentar um regimento de gente que nunca
trabalhou, sobrevivendo sob a capa de sindicalistas em luta constante contra os
“desmandos dos patrões”. Mas que hoje agem como o pior deles. Gente que viveu
sob a cegueira do Banco fingindo cumprir convenientes leis trabalhistas para
deixá-los à solta, auferindo salários à custa dos verdadeiros funcionários da
Casa, autênticos carregadores de piano, enquanto que os “sindicalistas” viviam
no bem bom, sem tarefas ou obrigações.
Senhores da situação no momento, regalam-se com o
que podem usufruir por conta das normas que criaram para si, enquanto brigavam
pelo poder sob a sigla da defesa do trabalhador. Mas como tudo muda e nem
sempre para melhor, mostram a sua cara agora que são os donos dos caminhos
fabricados. Ocupam cargos e postos como senhores absolutos das entidades onde
põem as garras. E sua sede e fome não conhecem limites, nem pudores. Querem
muito, e, se possível, tudo. Pouco importando se aquilo em que deitam as mãos
tenha dono.
Mirem num sindicalista no poder e quase sempre
verão um ex vagabundo vagabundeando no poder. Mas, de uma coisa não os podemos acusar:
não são burros. As negociatas em que se envolvem não são imputáveis a amadores
ou ladrões de galinhas. Eles pensam alto, pois não se contentam com pouco. Os
seus nomes, quando escapam para os olhos do povão, trazem junto altas cifras,
sempre coisa de milhões e até bilhões. De dar inveja ao mais megalômano dos
larápios de colarinho branco. Tudo às claras. Tudo oficialmente sabido e
aprovado. E defendido. Os governantes sabem, os magistrados sabem, a mídia sabe
e todos se calam. E o povão vai sendo engabelado e muitas das gentes lhes
deitam os olhos com volúpia, batendo palmas e dando vivas. Pois ilusoriamente
os conhecem como os defensores dos trabalhadores. Fizeram a fama, e deitaram
nela.
É a essa camarilha que o Banco e a PREVI estão
entregues. E ela, pobre coitada, que levou 106 anos para chegar onde está, foi
condenada a sucumbir sob a ganância do patrocinador que a vilipendia de todo
modo, ao comando desses mesmos ex- sindicalistas. Se não bastasse roubar seus
recursos protegido por norma espúria criada para esse fim, o Banco do Brasil
trama agora presentear seus apadrinhados executivos com salários e pensões da
ordem de 81 mil reais mensais à custa do Fundo, quando estes contribuem para
uma aposentadoria máxima da terça parte disso. Verdadeira afronta aos que
efetivamente trabalharam para fazer jus a uma aposentadoria média de cinco mil
reais, e de pensões de 2.000.
Fica o alerta à FAABB. Que esse tema seja
abordado em sua próxima reunião. Que encontre fôlego para propor e aprovar
determinação de trabalhar para pôr termo a esse estado de coisas. Que se
empenhe em viabilizar uma ADI para derrubar a Resolução 26. Que faça valer a
força que lhe dá o Estatuto para “amarrar” suas 32 afiliadas em torno de um
tema comum - defender a PREVI e seus participantes para que ela não acabe -
enquanto é tempo.
Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 20/05/2011 (Publicação original aqui).
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