quarta-feira, 30 de julho de 2014

"A Realidade dos Fatos"



Por Solonel Jr.

Solonel Campos Drumond Junior responde aos ataques sofridos no artigo publicado no espaço identificado a seguir:

Eis a resposta do Colega Solonel:

Caro Adaí,

Seu texto, A Realidade dos Fatos mostrou-se diferente dos que tenho lido ultimamente por ter me proporcionado a oportunidade da sugestão que será feita mais adiante, ao seu tempo.

Inicialmente gostaria de manifestar meu respeito por sua pessoa e por suas ideias, sem dúvida.

Que fique claro a não existência de “carapuça”, e se existe, não me serviu. Não pude, pois, vesti-la. Mas sei de colegas que certamente a vestirão, embora calados.

Seu texto é bastante rico de verdades, de coerências, principalmente no tocante ao foco nosso de cada dia, desviado por esperteza de quem deveria estar nos protegendo, nos defendendo, ou, na pior das hipóteses, nossos interesses. Mas carrega equívocos.

Resolução 26, BET, Superávit, Retirada de Patrocínio, Falência da CASSI, reajustes de benefícios, e por aí vai. Não esqueci não. Some-se tudo isso ao Empréstimo Simples, a Máscara de tudo isso acima.

Sua leitura parece estar falha quando se refere aos textos lidos recentemente e identifica ataques a outros blogueiros embora nada de relevante tenha visto no texto, por exemplo, do até então para mim respeitável Medeiros, de tantos posicionamentos honrosos, valentes até, mas que a meu ver, e aqui sim, vesti a carapuça, atacou grosseiramente a todos os que não aplaudem a demora e o silêncio dos eleitos em nos clarear fatos e ideias. Se não vejamos:

1 – disse o Ilustre Comendador Medeiros em seu texto: “O que impressiona é a ignorância de colegas (?) que se julgam superiores e até dirigem associação, a respeito das normas que regem a Previ. Confundem benefícios com salários, transparência com confidencialidade, não sabem o que é colegiado, como se compõe, quais as atribuições, direitos e obrigações, de diretores e conselheiros.”.

"Incrível mas essa ignorância (?) dói na alma, porque ela prejudica os nossos interesses e liquida com nossas pretensões de melhorias, e ainda por cima desvaloriza profissionalmente a nossa condição de funcionários do Banco do Brasil, que parecem nem saber qual a verdadeira função e dimensão do crédito na sociedade e na vida de cada um”.

O que me parece é que a ignorância está sendo confundida, pois somente após a eleição e a posse, estes eleitos descobriram tudo isso que agora cita, pois durante a campanha, quase tudo, mas quase tudo mesmo era possível e foi prometido.

2 – De sua lavra, Ilustre Adaí, leio que ficas pasmo quando lê ataques injustos aos blogueiros fulano, fulano e fulana. E completa: “O fato de terem sido eleitos na PREVI não os torna capazes de irem contra a decisão do colegiado daquela instituição, onde nossos companheiros não tem o voto de minerva”.

De minha parte, e meu texto é citado por você, não ofendi ninguém e a ninguém taxei de “ignorante”.

3 – Continua você, nobre colega blogueiro, afirmando que “já o artigo Amargura de Derrotados vitoriosos” (meu), lhe pareceu uma continuação dos ataques injustificados que desencadearam a reação do Medeiros. Há, então ele reagiu a algum ataque. Muito bom.

Pouco bom, na realidade foi a comparação, esta sim insultuosa, de que meu texto “Parece um artigo imaturo e incendiário de Black block”.

“Artigo destrutivo, inconsequente, patético, inútil!”

“Qual a colaboração ou sugestão apresentada?”

“Reclamar é fácil, quero ver é resolver... já dizia a vovó” (sua).

Pois bem, caro Adaí. A colaboração primeira é a participação, rebatendo o insulto que vi no texto inicial, feito este sim para receber palmas, mas acho que o feitiço virou-se contra o feiticeiro;

Colaboração segunda sim, a cobrança das promessas ouvidas, já que apenas desculpas e dificuldades estão sendo divulgadas desde a posse;

 Colaboração sim, colega, ao lhe perguntar, para que use o prestígio de seu blog e questione os demais associados, para que servem os eleitos, se confessadamente NADA PODEM FAZER DEVIDO ORA À CONFIDENCIALIDADE (sic), ORA AO VOTO DE MINERVA.

Minha avó Adaí, tinha outro ditado. PASSARINHO QUE COMO PEDRA SABE O FIOFÓ QUE TEM. Se nada podem fazer, abram mão dos altos (e bota altos nisso) salários que recebem e desçam do pedestal em que acham que estão. Ele vai ruir e vocês não terão cabides para se segurar, com certeza.

Quanto ao Xô Urubu, levo na esportiva. Afinal, sou um flamenguista vencedor dos que mesmo perdendo um jogo, acredita na equipe, mas critica o mau desempenho. E quanto ao Urubu, este tem uma importância fundamental na higiene da terra.

Por último, Adaí, ao ler seus elogios ao tal (assim mesmo “tal”) Marcel, lembrei-me de outro ditado, este do meu avô, piauiense carregador de sacas de arroz para pilar, que dizia para os netos: PASSARINHO QUE ACOMPANHA MORCÊGO DE REPENTE ACORDA PENDURADO DE CABEÇA

PRA BAIXO.

No mais, uma boa noite. Dou por encerrada a minha participação nesta discussão. Creio que tem muita gente querendo também “participar”, ainda que também não sejam “Black block”.

De minha parte continuo respeitando-o e espero que seja mantido este tipo de discordância, respeitosa e honesta.

SolonelJr

S. Luís (MA), 29/07/2014.

2 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

De Solonel Jr.
Chega uma hora na vida da gente em que ou você chuta o pau da barraca” ou “chupa aqui”, como dizem os mais novos. Aliás, coisa mais besta essa de “chupa aqui”. No meu tempo isso tinha um significado muito mais nobre. Agora, ainda não entendi.

Existem discussões em que você encontra, no interlocutor, vontade de esclarecer, de convencer sobre determinadas coisas. Mas também é possível identificar a abertura para o convencimento. Bom, volto ao meu tempo, isso antigamente.

Atualmente, por mais óbvio que a coisa esteja retratada, o interlocutor, geralmente o sem razão, vibra mais e esbraveja mais, buscando subterfúgios e desculpas onde elas não foram colocadas.

Falta-me inteligência, infelizmente, para entender o que leva pessoas que tem (ou deveriam ter) os mesmos interesses que eu, e falo também de direitos, não só de interesses, a discordar de argumentos mais que óbvios.

Tá certo. Lembro que em determinada época de minha existência eu defendia que o óbvio apenas parece óbvio pra quem realmente acha óbvio. Claro? Provavelmente não, pois passados anos, tenho visto que existe uma grande dificuldade em aceitar o óbvio.

Como exemplo, escolhi a situação da composição da diretoria da PREVI. Estatutariamente, por intervenção ou por votação, a composição foi estabelecida como paritária, cabendo o voto de Minerva ao patrocinador, BB.

Ridículo, aliás, chamar isso de paritário, de colegiado, de gestão compartilhada ou o que seja. Na verdade, isso não passa de “ou faz o que eu mando ou não faz nada”.

Ora, refiro-me às últimas eleições, em que colegas assumiram as diversas posições para as quais foram eleitos, sustentados por promessas de solução de nossos problemas fosse como fosse e de repente, não mais que de repente, descobriram que, ora devido a um tal “termo de confidencialidade” (pessoalmente duvido de sua eficácia, por leonino), ora pelo famigerado “voto de minerva” ou “voto de qualidade”, nada é possível fazer em nosso favor. Ou melhor, em nossa defesa. Não queremos favores.

Pois bem. Uma vez descoberta esta impossibilidade de ação, resta uma ação, de suma importância, em minha opinião: a renúncia coletiva de todos os eleitos, por absoluta falta de razão, de significado a manutenção de cargos sem poder de decisão, visto que tudo cabe ao Presidente, atualmente, Dan do que se recebe. Ou melhor, desculpem, Dan Conrado.

Isso não significa “renúncia de direitos” haja vista que estes direitos nos foram surrupiados pelas sucessivas mudanças de normas, indevidamente apoiadas por dirigentes de Associações que ainda teima em afirmar que nos representam.

Então aí está, Medeiros, Adaí e demais, que não gostam de ser cobrados. Esta é a melhor solução. O resto, brigamos na justiça enquanto pudermos. Juntos, unidos. Ou elegemos outra chapa, que realmente brigue por nós. Como? Não tenho a menor ideia. Mas haveremos de achar um modo, desde que não nos quedemos.

Um abraço,

SolonelJr

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Para reflexão.
Recebido de Cecilia Estivallet.
Prezados...
às vezes me sinto como mais um boi na boi na boiada...
cabeça baixa, seguindo o boiadeiro e vez por outra obedecendo
o comando da cachorrada ...
enquanto isso, o dono vai "engordando" e nós a caminho do
matadouro...

imagino o que aconteceria se 90% tivesse consciência e disposição
para "o disparo da boiada"...

tantos profissionais competentes, hoje aposentados, e tão poucos
verdadeiramente entregues ao esforço de mudar o rumo !

a todo momento lemos e enaltecemos "termos construído este
gigante que é o BB hoje". Por que ficamos no passado e não mudamos
o rumo da história ? Por que não somos capazes de nos aglutinar
numa só voz, numa forte e decisiva ação em prol da legalidade, da
decência, da ordem, da ética ? Por que não mostramos a nossos
descendentes que estamos aposentados mas possuímos muito mais
que passado, temos caráter e disposição para mostrar ao
Brasil e ao mundo se necessário, que somos homens/mulheres de bem ?

a famosa frase "este não é um País sério" deveria ser
"este é um País de mentiras"

e nós vamos continuar indo pro matadouro, sem reação ?

um abraço a todos, especialmente àqueles que saem da zona de conforto
e estão buscando um caminho para mudar o quadro que se instalou
especialmente na PREVI e BB.

Cecília Estivallet
Porto Alegre - RS

em tempo: desculpem, eu precisava desabafar