Marcos Cordeiro de
Andrade
Caros Colegas,
Numa época de denúncias
cabeludas, levo ao conhecimento dos sócios da AAPPREVI uma condenável prática
de quem se acerca de nós querendo se apossar dos nossos “bens”, e dar ordens
sem ter autorização do corpo social para fazê-lo. São idealistas de ocasião que
somente visam inflar seu magro currículo na defesa de aposentados e
pensionistas do BB. Estes, de olho grande no apreciável número de sócios que
conquistamos, confundindo-os com votos para satisfazer projetos particulares,
se acercam como filiados e, cheios de rapapés, elogios e ofertas de elevadas
mensalidades (rejeitadas, diga-se), no momento oportuno mostram suas garras
desnudando os verdadeiros propósitos – ganhar eleições com nosso apoio.
É lamentável que assim seja, pois
desconhecem do que é feita a AAPPREVI, que ao término do primeiro mandato achou
por bem descartar boa parte da Diretoria participante da fundação. Justamente
aqueles que, destoando do idealismo do presidente fundador, desviaram-se dos
bons propósitos querendo incutir ideias desvinculadas do que pregamos.
Os que assim agem, tanto os de
ontem, como os de hoje, tratam-se de elementos que “passaram” pelo BB como
carreiristas de gabinetes servidos por água mineral “Perrier”; portando gordos
vales alimentação para se alimentar em restaurantes finos; ostentando sapatos
de pelica próprios para pisar carpetes especiais e vestindo bem talhados ternos
de grifes adaptados à frescura do ar condicionado; portando diplomas
conseguidos com frequências nas faculdades facilitadas por seus “chefes”; gozadores
de horários à feição para quem não nasceu para o trabalho duro. E cara de pau
adequada para fazer de conta que trabalhavam percebendo polpudas remunerações
nos cargos comissionados.
Pena que eles nunca quiseram
saber como foram feitos os que hoje conduzem a AAPPREVI. Mas eu informo. Foram
forjados com aço de outra têmpera e têm orgulho em afirmar que trabalharam no
Banco do Brasil – com todas as letras.
Tomando meu exemplo em
particular, saibam que não frequentei gabinetes e, ao contrário deles, fiz “carreira”
no mato como bicho de quatro patas. No exercício da profissão amiúde tinha como
dieta sardinha em lata e água de barreiro, enchendo o bucho de “inofensivas”
amebas. Calçava botas de couro cru ou alpargatas de rabicho. Também, na década
de 60, a serviço da MOVEC atravessei o rio Paraíba em época de cheia, a pé com
máquina de escrever na cabeça, formando fila indiana com outros colegas que
igualmente portavam “materiais de expediente” para, do outro lado, no distrito
de Pedro Velho, em Aroeiras-PB, atender agricultores pobres levando-lhes a
assistência da CREAI. Época em que a nossa jornada de trabalho não era contada
em horas, mas em dias fora da sede.
E veem agora, janotas
empertigados, exigir que a AAPPREVI dirigida por nós sirva aos seus propósitos
com apoio às suas candidaturas – e dos seus apadrinhados – para ocupar cargos
nababescamente remunerados em outras Instituições. Somente ainda não se atrevem
a postular cargos na AAPPREVI, porque sabem que aqui se trabalha de graça, com
idealismo e obedecendo aos mesmos horários de quando funcionários do BB:
jornada contada em dias do mês. Aliás, todos os dias, de segunda a domingo,
ininterruptamente, faça chuva ou faça sol. Tudo por idealismo não camuflado,
voluntariamente, trazendo na alma a satisfação de ter um sono tranquilo (nos
poucos momentos dedicados a esse luxo) sem peso na consciência, por sabermos
que não exploramos ninguém. E que trabalhamos para os que precisam de uma
Associação séria, dirigida por honestos aposentados pobres que tudo fazem para
mantê-la a salvo de investidas interesseiras, como a dos caçadores de votos
para viabilizar projetos que emoldurem egos desvirtuados. Também por isso
lembro que nunca me candidatei a nada além da AAPPREVI, apesar de sempre
instado nas eleições CASSI/PREVI. A propósito, sei que os convites egoísticos
partem de quem confunde minha pessoa com um baú de votos, Quando, na realidade,
respondo apenas pelo meu.
A eles dou um recado. Afastem-se
da AAPPREVI que aqui a coisa é séria. Mas, se nosso engrandecimento atiça sua
cobiça, não esmoreçam e busquem outros caminhos. Façam como outros fizeram
antes e fundem sua própria associação para depois amoldá-la aos seus propósitos
condenáveis. E ali, usem o prestígio dos cargos fabricados para alçar voos
impossíveis, catapultados por incautos “seguidores”. Sem esquecer que aqui, e enquanto eu for
vivo, ninguém usará a AAPPREVI em proveito próprio - em nenhum sentido.
4 comentários:
Prezado Marcos, boa tarde.
Excelente seu texto, sua repulsa, seu pulso e retidão demonstrados.
Mas também, muito enigmático...
Imagino que não poderia, numa exposição como a que fez, entrar em detalhes, declinando os curiosos nomes, os portadores das características objeto de sua batida, rebatida e afastamento.
Fica, então, a curiosidade, a satisfazer, quem sabe... quando melhor puder.
Um @braço.
N A S S E R.
Parabéns meu amigo....
Suas palavras foram bastante oportunas...
Nesse momento temos que tomar esses cuidados, com a intenção de oportunistas...
Nossa AAPPREVI graças a Deus é tudo isso ou mais que vc. falou...
Um forte abraço
MINARI
ISSO aí, Marcos Cordeiro! Gostei de seu edital!
Força para a AAPREVI!
Um abraço
Santina
Parabéns Marcos!!!!
"Tamos juntos" e que Deus esteja com todos nós!!!
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