Marcos Cordeiro de
Andrade
Caros Colegas,
Por necessidade, cada um se vê
frente à hora de fazer mudanças. E normalmente a decisão de fazê-las se dá em
função de alguma coisa que nos atinge com profundidade. Seja pelo desconforto
causado por situações, seja pela imposição de adaptação a novos tempos, o certo
é que, para cada um de nós, chega o momento inadiável de se pensar em
modificações visando correção de rumos.
A propósito dessas reflexões,
lembro a história do meu pai, assalariado pobre e gerador de uma prole de seis
filhos. Morando em casa alugada, a cada novo filho que nascia ele adaptava o
orçamento à despesa em surgimento mudando-se para aluguel mais barato. Isso se
tornou rotina a tal ponto que, a cada nova “barriga” da minha mãe tínhamos como
certo uma mudança. E a sistemática se processou até o último rebento quando, na
busca de aluguéis sucessivamente mais baratos, fomos parar na cidade vizinha,
mais para o interior. Mas, no ponto de vista financeiro, as mudanças se deram
para melhor, pois depois de certo tempo voltamos para a capital.
De outra feita, agora já me
envolvendo diretamente, tive que fazer uma mudança drástica em minha vida.
Tanto no sentido de localização física, como no modo existencial como
indivíduo. Isso se deu depois de aprovado no concurso do Banco quando optei por
assumir no interior aos 22 anos de idade, deixando para trás a família, os
amigos e os estudos – esses somente retomados anos depois. Essa foi a mudança
radical operada em minha vida pelo caráter decisório único de não poder
transferi-lo a outrem, em idade ainda dependente dos pais. Mas a mudança se deu
para melhor.
Mais recentemente, enquadrado na
rotina pacata de aposentado pobre, vi-me diante de situação de inconformismo
que me levou a pensar em mudanças. Por isso passei a questionar o enquadramento
previdenciário escolhido para amparar a velhice que chegara. Tornei-me assim
frequentador assíduo de blogs específicos, sempre com críticas mordazes (e
pertinentes) contra o sistema da previdência complementar entregue a interesses
escusos. Frequentei tanto esses espaços, briguei tanto e esperneei tanto que,
para poder fazer mais e melhor, criei o meu próprio blog em 26/09/2009 (atuante
até hoje com excepcional frequência e credibilidade idem – www.previplano1.com.br ). Depois disso
surgiu nova imposição por mudança de rumos. Assim é que, incentivado e instado
por colegas criamos uma associação para dividi-la com todos em iguais
condições – a AAPPREVI, sucesso absoluto de público neste momento com 6.534
sócios cadastrados. Isso melhorou minha expectativa de vida e a de muitos
outros aposentados como eu, pois a mudança se deu para melhor.
De tudo isso me fica uma lição de
vida. As mudanças são necessárias, imperiosas até, por vezes. O importante é
reconhecer o momento em que elas se impõem e, quando surjam as oportunidades,
não deixá-las passar sem tomar a atitude de fazer o certo. Como diz o provérbio
gaúcho “cavalo encilhado não passa duas vezes” – cabe a nós aproveitar a
primeira passagem e agarrá-la com afinco fazendo a mudança oferecida.
E assim, com coragem e sabedoria
seremos felizes. Se Deus quiser.
2 comentários:
DANILO ORRICO DOS SANTOS
Por favor, entre em contato urgente com a AAPPREVI para tratar da sua Ação Poupança - Plano Verão:
aapprevi@aapprevi.com.br
Marcos, este texto esta maravilhoso.
Me tocou não so com a finalidade e propriedade
que escreves para nossos interesses financeiros.
Mas tocou minha alma.Por mais que pareçamos
intocaveis nos sentimentos, voce mostra aqui
o lado humano e sensivel que te escondes. Foi
suave para meus olhos e acalentador para minha alma
lembrar tuas raizes. Amei. Bjs de carinho. MM
Postar um comentário