Marcos Cordeiro de
Andrade
Caros Colegas,
Não sou contra manifestações bem
fundamentadas, tanto é que já apoiei outras antes. Sou contra essa manifestação
na porta da PREVI pelo modo como está sendo articulada em meio a condenáveis
intenções camufladas. Sou contra a motivação de quem está por trás disso tudo,
como camaleônicos articuladores agindo à distância e disfarçando os verdadeiros
propósitos. Sou contra porque foge à finalidade que apregoam enganosamente e
somente se presta à formação de chapas para ocupação de cargos na PREVI/CASSI e
Associações. Chapas essas nem sempre integradas pelas pessoas certas, dado o
modo de imposição de nomes como agora pretendem. E, por fim, sou contra a
maneira como pessoas convocadas estão sendo enganadas na sua boa fé, pois
desconhecem que o evento é além de tudo desnecessário e improdutivo.
A manifestação pretendida se
caracteriza primeiramente pela inutilidade do gesto, posto que deva levar à
PREVI um manifesto contendo reivindicações requentadas que, grosso modo, não
cabe à Direção do Fundo atender tempestivamente. Nem que o quisesse. Em segundo
lugar porque serve aos aproveitadores que fazem propaganda política em
benefício próprio, à custa dos engajados no movimento.
No primeiro caso verifica-se que
alguns dos pedidos a serem apresentados devam ser dirigidos a outras instâncias
como PREVIC, Ministério Público, Congresso Nacional e Judiciário. Além do que
as Associações de Aposentados e Pensionistas do nosso meio, e sua Federação,
devessem ser chamadas a amparar os argumentos. Nesse contexto, cabe à PREVI
ocupar o último lugar na cadeia de Instituições a serem procuradas, mesmo
porque a ela não interessa resolver determinadas questões apresentadas por
ferir seus interesses e os do patrocinador que, no fundo, manda nos dirigentes
visados para o atendimento. Por fim, e principalmente, manuscritos da espécie
não precisam necessariamente ser entregues “em mãos” ao amparo de incautos batedores
barulhentos.
Mesmo que se desse crédito às
intenções apregoadas, das duas, uma: ou os organizadores desconhecem os
regulamentos do Fundo, ou pararam no tempo das diligências ignorando que,
depois disso, surgiram outros meios de comunicação mais eficientes, como o
telégrafo sem fio, os estafetas, Correios, Cartórios de Títulos e Documentos,
Notificações Judiciais e a Internet – a mãe da comunicação virtual.
Por outro lado, as reivindicações
atuais são as mesmas da última “Manifestação na porta da PREVI”, onde os que se
postaram à frente dos manifestantes e subiram para a rodada de cafezinho e água
gelada desceram com a promessa de que “a PREVI vai estudar o assunto”. Acresce
o fato de que eles deram essa alvissareira notícia não mais na condição de
números a integrar a massa, mas como líderes autoproclamados em razão do que
formaram chapa indicando seus nomes à Direção da PREVI. E foram eleitos. A
prova disso está nas fotografias – da manifestação, da campanha eleitoral e da
posse.
Ocorre que nenhuma das
reivindicações foi atendida, apesar da promessa dos antigos dirigentes.
Repetindo a dose, a manifestação do dia 24/11 pretende pedir exatamente o mesmo
da anterior quando a nata dos manifestantes, líderes de ontem e eleitos
dirigentes de hoje, prometeram na campanha da sua chapa fazer tudo que pediram
na rodada do cafezinho (páginas 16 e 17 da Revista PREVI nº 177) e nada fizeram
depois da posse ocorrida há cinco meses, em 02/06/14. Nem estão preocupados com
a manifestação presente por não servir mais aos seus propósitos. Sequer tocam
no assunto. Tomaram chá de sumiço e estão na encolha.
Por que será? Porque reza a
cartilha do empregado que peitar o patrão dá demissão e o prejuízo será grande
no caso presente (rendimentos mensais da ordem de 50.000 reais mais o bônus de
500.000 que ajudaram a aprovar depois de investidos nos cargos). Também porque
novas eleições virão para eleger os líderes que surgirão desses eventos, seja
do lado dos participantes ou do lado dos mandantes - ou organizadores.
Na última manifestação havida na
frente do palácio do Mourisco compareceram TRÊS donos de blogs valendo-se dessa
fórmula mágica para se eleger no pleito da PREVI. E foram bem sucedidos – todos
se elegeram. Essa ferramenta mostrou-se tão eficaz que despertou interesse
incomum no seio da comunidade de competentes aventureiros. Tanto é que quem
nessa escala não tinha blog correu a fundar um. E agora se valem deles para
chafurdar nesse campo de batalha, ávidos por sinecuras bem remuneradas escondidas
no rótulo de cargos. Pior de tudo é que as conseguirão, enquanto houver bucha
de canhão disponível no “mercado”.
E para tanto não há melhor lugar
para assestar peças de artilharia do que um palanque armado na frente da PREVI,
quando ali conseguem enfileirar os que se prestam a municiar voluntariamente as
armas dos aproveitadores – apesar dos alertas desta sentinela.
Façam um teste para constatar a
repetição dos fatos. Anotem os nomes dos “líderes” e dos ferrenhos defensores
da convocação atual e junte-os aos dos donos de blogs dedicados aos nossos
assuntos. Depois, na próxima eleição, confrontem esses nomes com os das chapas
e encontrarão lá quase todos.
Atenciosamente,
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
Matrícula nº 6.808.340-8
Associado da PREVI desde 15/05/1962.
Associado da PREVI desde 15/05/1962.
5 comentários:
Do Facebook:
Marisa Moreira mencionou você em um comentário.
Marisa escreveu: "Boa Noite Marcos Cordeiro De Andrade !!! Excelente colocação. Eu participei da ultima e não participo mais de nenhuma. Vale ressaltar que a presença de colegas interessados. Mas e um fiasco. Mais de 3000 convocados, mas de 500 presenças confirmadas aqui no face e nem 150 participantes. Totalmente eleitoreiro. Tenho que a minha e a de muitos colegas, estamos sempre depositando nossas esperanças nesta associação que conduzes, mesmo que ainda tão criança, faz, realiza e cumpre o que se propos com total sensatez. Salve a AAPPREVI !!!!!"
Caro Marcos,
Parabéns pelo seu texto. Melhor, impossível!
Abraços,
Norton
Leia no Blog do Ed:
312. A CONTESTAÇÃO da PREVIC à ACP - VIII (continuação)
Por Edgardo Rego
http://blogdoedear.blogspot.com.br/
Amigos,
Estou de pleno acordo com Solonel Jr. e Marcos Cordeiro, a quem hipoteco minha solidariedade.
Abraços
Raimundo
Londrina PR
Em 10 de novembro de 2014 00:11, Solonel Drumond Jr soloneljr@msn.com [REDE-SOS] escreveu:
Marcos,
estou de pleno acordo com suas afirmações. Da minha parte deixei de dar IBOPE a estes blogs mais ou menops pelos motivos que você alinhou.
Sou realmente contra esta manifestação que parece ter sido pensada não pra acontecer, mas pra ter sido uma ideia de "A" ou de "B", que portanto, merecem ser eleitos.
Ou será que alguém, de são consciência ou honestamente acredita que algum colega tem reservas financeiras suficientes para, sem sentir o peso, arcar com uma viagem de Belém, de Manaus, Rio Branco, Salvador, etc... pra participar junto com uma meia dúzia de colegas do Rio de janeiro que não tenham aceito ir almoçar na AAFBB?
Mais uma vez, creio que estejam batendo nas portas erradas. Quer chamar a atenção da mídia? Aproveita o quadro novo do Fantástico e pergunta aonde está o dinheiro que estava lá. Quem sabe?
O certo é que aos poucos estou perdendo a vontade e o tesão de gritar. Quem ouve é muito mais esperto do que eu ou não pode fazer mais do que está fazendo. Este é o problema. mas vamos em frente.
Um abraço
SolonelJr
12/11/2014
Superior Tribunal de Justiça ainda dá troca de benefício
Thâmara Kaoru
do Agora
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) ainda garante a troca de benefício aos aposentados que continuam trabalhando, mesmo após o STF (Supremo Tribunal Federal) começar a julgar o tema, no início de outubro.
Em seis processos pesquisados pela reportagem, que foram julgados a partir de outubro, a garantia à desaposentação foi unânime.
Em uma das ações, a ministra e relatora do caso, Assusete Magalhães, explicou que o fato de o Supremo julgar a repercussão geral do tema (ou seja, o que for decidido valerá para todo o país) não significa que a ação precise ficar suspensa.
Assim, os processos continuam sendo julgados.
Fonte: Jornal Agora S. Paulo.
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