Marcos Cordeiro de Andrade
Curitiba (PR), 08 de
agosto de 2015.
Caros Amigos,
Decorridos quase dois meses do
angustiante evento do enfarte de que fui acometido, e no momento festejando
exitosa recuperação, volto ao assunto tentando beneficiar os Colegas
associados, a propósito da inusitada situação envolvendo os procedimentos da
CASSI.
Quando relatei a desesperada
busca de meios que abreviassem meu sofrimento, ocasião em que meu filho
recorreu a nomes influentes para suplantar a barreira de prazos protocolares e
burocráticos, tive a dupla intenção de agradecer aos que acorreram em socorro
às súplicas, aliado à necessidade de divulgar esse invulgar procedimento da
CASSI que põe em iminente risco a vida de todos que se igualam no sofrimento
por que passei.
Sendo fervorosamente agradecido à
CASSI pelo atendimento prestado, em tudo condizente com o que se espera de um
Plano de Saúde da sua envergadura, somente lamento o fato de que entraves
burocráticos ainda persistem para liberação de autorizações de procedimentos
médicos inadiáveis, os quais, somente eles, são capazes de salvar vidas em situações
de extremo risco.
Reputo como inconcebível que
assim ainda ocorra, uma vez que não se encontram justificativas para obediência
a esdrúxulos prazos regulamentares na emissão de autorizações da espécie. Nesse
sentido, entendo que tal qual na ocorrência de pedidos rotineiros, nos casos de
solicitações envolvendo risco de morte essas autorizações devem ser concedidas
automaticamente, em atendimento à fundamentação médica corroborada pela
Instituição credenciada.
Justifica-se a imediata liberação
do medicamento/procedimento solicitado, notadamente pelo fato de que tem origem
em circunstanciado Laudo Médico avalizado pelo Hospital onde o paciente está
internado. Ressalte-se que tanto o Médico como o Hospital gozam da confiança do
Plano, uma vez que foram (e são) credenciados mediante rigorosa avaliação da
capacidade profissional e da indispensável credibilidade. De se notar que na
história da CASSI não há registro de negativa a pedidos da espécie, o que
atesta a desnecessidade de se proceder a secundários estudos de viabilidade,
pois estes são feitos previamente pela autoridade médica credenciada, o que não
pode ser delegado a nenhum atendente instalado em gabinete a milhares de quilômetros
da base hospitalar, razão porque aquela capacidade de decisão é contestável por
estar embasada em regulamentos ultrapassados.
Ademais, o pedido de urgência
feito pela autoridade máxima do corpo de cirurgiões não deixa dúvidas quanto à
necessidade do atendimento seletivo, tanto é que em casos similares o paciente
já passou por um cateterismo que atestou a exigibilidade de outros
procedimentos inadiáveis, capazes, por si só, de salvar-lhe a vida.
Desnecessário dizer que adiamentos burocráticos somente contribuem para maiores
e inevitáveis transtornos, tais como crescente risco de morte para o paciente
proporcionalmente à diminuição das chances de salvá-lo, acentuando o desdobramento
do seu sofrimento. Além disso, enormes gastos com caríssimos leitos de UTI podem
ser evitados a par do desgaste da credibilidade do Plano, acrescido da manutenção
de um quadro de angústia no seio dos familiares do doente. Vale lembrar que em
situações normais o atendimento ao enfartado demanda cerca de três dias, entre
o cateterismo e implantação de stents
até a alta médica. No meu caso em particular guardei o leito da UTI durante
doze dias, mais dois em quarto particular – tudo em respeito à burocracia da
CASSI.
Dentre as centenas de
manifestações de carinho e apreço recebidas, muitas delas publicadas nos comentários
do Blog Previ Plano 1 a partir do dia 22/07 (www.previplano1.com.br), tomei a
liberdade de selecionar aquelas em que se lamenta ter havido a necessidade de
recorrer a pessoas influentes no âmbito da CASSI para que minha vida fosse
salva. Em que pese as bem-intencionadas interferências relatadas tivessem o
intuito único de derrubar as barreiras insensíveis da burocracia, quando esta
estipula prazos absurdos para que uma vida seja salva, reconheço que as
manifestações de desagravo nesse particular se somam como um trunfo a ser usado
em direção à CASSI, na tentativa de sensibilizar seus dirigentes para correção
de rumos.
Assim sendo, os relatos
selecionados estão sendo encaminhados à Caixa à guisa de contundentes
argumentos, suplicando que todos os casos sejam estudados de per si com vistas
a uma avaliação criteriosa dos eventos passados, que certamente servirão de
exemplos dos riscos que essas pessoas enfrentaram, ou temem se expor quando
deparados com situações idênticas àquela por que passei. A preocupação maior
que se constata é terem necessidade de recorrer a pistolões ou amigos
influentes (nem sempre ao alcance) para se beneficiarem do inalienável direito
ao atendimento tempestivo em casos emergenciais - prescritos pelos
profissionais que prestam serviços ao Plano, obviamente da sua inteira e cabal
confiança. Por isso, estou encaminhando este relato à nossa Caixa de
Assistência, com pedido para que revejam com urgência os critérios atualmente
usados para liberação dos procedimentos de que trato, considerando não
encontrar amparo legal na determinação de atrasos subordinados a entendimentos
burocráticos, envolvendo inadmissível desconfiança nas peremptórias
recomendações emanadas por profissionais e Instituições reconhecidamente da
inteira confiança do Plano. Sem esquecer que em última análise o associado
responde por eventual dolo praticado com sua aquiescência.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
Associado CASSI desde 15/05/1962
Matrícula nº 6.808.340-8.
8 comentários:
Pois é Marcos!!!
" . . . ocasião em que meu filho recorreu a nomes influentes para suplantar a barreira de prazos protocolares e burocráticos . . ."
E quem não tem nomes influentes para recorrer, que são a maioria absoluta dos associados??????????????
Flavio
Em Sábado, 8 de Agosto de 2015 16:17, "'Marcos Cordeiro' marcos@previplano1.com.br [REDE-SOS]" escreveu:
www.previplano1.com.br
Enviado por: Flavio da Rosa
É o meu caso, Flávio.
Milton
(José Miltom Nertoco)
... Sem esquecer que em última análise o associado responde por eventual dolo praticado com sua aquiescência.
Muito bom Marcos, contamos com voce para nos defender!!!!!!!!!!!
O pior é que o governo quer acabar com a CASSI, fiquemos atentos!!!!
CAMPANHA PELO VOTO NÃO A QUALQUER PLEITO FEITO PELO BB!!!!
Caro amigo Ronaldo e demais,
também com cópia para Marcos Cordeiro.
Taí meus amigos, UM exemplo (apenas UM) dentre prováveis centenas de outros (quem sabe milhares até).
Fatos que efetivamente acontecem no âmbito da CASSI, com o encarecimento desnecessário da internação. Aliás, da internação mais cara , já que se trata de manutenção em UTI. (Se uma diária hospitalar normal já supera, bastante, o valor de diária em hotéis cinco-estrelas... o que dizer de uma UTI?)
O Marcos cita, em seu texto, o prazo médio de internação necessária para esse tipo de procedimento
atendimento ao enfartado demanda cerca de três dias, entre o cateterismo e implantação de stents até a alta médica. No meu caso em particular guardei o leito da UTI durante doze dias, mais dois em quarto particular. Não sei se procede mas não tenho razões para duvidar. Os números da UNIDAS parece retratarem e também constatarem essa triste realidade...
Quantos recursos NOSSOS são desperdiçados DIUTURNAMENTE pela burocracia da CASSI - como o próprio Marcos mesmo diz, por conta da "desnecessidade de se proceder a secundários estudos de viabilidade, pois estes são feitos previamente pela autoridade médica credenciada, o que não pode ser delegado a nenhum atendente instalado em gabinete a milhares de quilômetros da base hospitalar", pratica essa retroalimentada pela desculpa de "melhorar" a gestão - quando sabemos e observamos exatamente o contrário, adredemente provado neste triste e lamentável episódio tornado público pelo próprio colega, paciente e sofredor, juntamente com TODA sua família ?
Além da sensibilização que o próprio colega Marcos está tentando diretamente junto à CASSI, acho que devemos talvez reservar os relatos desse episódio para eventual necessidade futura da EFETIVA DEFESA de nossos direitos e interesses junto àquela Caixa, desrespeitados por quem de direito nos mais variados escalões, das mais diversas e cruéis maneiras.
Continua na PARTE II
PARTE II - Final
Quem deve bancar esses desperdícios diários, diuturnos que ocorrem com os recursos, reservas e patrimônio (inclusive MORAL) da CASSI ? Nós, os associados ? Ou quem lhes dá causa ? Por que não se recorre a uma auditoria independente para verificação desse (e de tantos outros) procedimentos que vêm sendo erroneamente administrados, a pretexto de "estudos de viabilidade" ou a que título seja, em completa desconsideração com a VIDA HUMANA que cada paciente, cada colega ou familiar adoecido representa ? Vamos viver, conviver e aceitar, passivamente, esse tipo de distorção ? Vamos fechar os olhos a esse e tantos outros acontecimentos que tais, até que - Deus nos livre! - eventualmente também nos ocorra ? Será que cada um de nós tem o amparo, suporte ou poderá contar com a interferência de PISTOLÕES OU AMIGOS INFLUENTES em caso de necessidade desse tipo ?
Que esse triste episódio, certamente em paralelo a tantos outros; que o sofrimento de Marcos e sua família, paralelo a tantos outros, não se tornem letras frias. Que não tenha sido em vão.
Acho que precisamos, sim, nos manter unidos, focados e, a par de NÃO ABRIRMOS MÃO de nossos direitos, lutar e insistir pela MANUTENÇÃO de tudo o que até aqui conseguimos e, paralelamente, insistirmos na UNIÃO de todos os que comungam de nossos princípios e convicções, fazendo chegar ao maior número de colegas possível tudo o que ocorre efetivamente com a CASSI e o que estão pretendendo fazer com ela E CONOSCO.
NÃO À ALTERAÇÃO, PARA PIOR, AOS ESTATUTOS DA CASSI.
NÃO À SAÍDA DO BANCO DE SUAS RESPONSABILIDADES PARA CONOSCO.
NÃO À CONTINUIDADE DA MESA DE NEGOCIAÇÕES, NA FORMA ATUAL (apenas protelatória).
NÃO AO QUE QUER A ATUAL ADMINISTRAÇÃO DO BANCO EM RELAÇÃO À CASSI - e à nossa saúde.
NÃO ÀS FALÁCIAS E ENGANAÇÕES EM CURSO.
Um @braço
a todos
N A S S E R
(BA) - 09 08 2015. FELIZ DIA DOS PAIS a todos os papais.
Muito estimado colega e amigo Marcos
Como você recentemente, tenho, desde a década de 90 do século passado, transitado por hospitais aqui do Rio de Janeiro. Naqueles primeiros anos, passei por UTI que me parecia SUS. Nos anos mais recentes, tenho sido atendido nos hospitais D'OR (Grupo São Luís, de São Paulo), que atendem sem nenhum problema e prontamente. Ultimamente, sinto-me muito bem atendido pelos hospitais da CASSI, prontamente. Só tenho que elogiar o ATENDIMENTO HOSPITALAR. Gostaria que a CASSI proporcionasse aqui no Rio de Janeiro um corpo de médicos cirurgiões em todas as especialidades de alto gabarito... Isso, eu gostaria de ver...
Edgardo Amorim Rego
Prezado Marcos Cordeiro,
Na qualidade de associado da AAPPREVI, dou boas vindas ao nosso grande e querido Presidente.
Que Deus lhe dê muita saúde e felicidade. Precisamos muito dos teus préstimos na defesa de nossos direitos, principalmente agora que o BB, ao qual demos a nossa juventude e ajudamos a crescer.
Agora não tem o menor reconhecimento: Faz de tudo para livrar-se de nós, como verdadeiro carrasco.
Contamos com teu apoio e sabedoria Não podemos deixar nas mãos de negociadores - BB/CASSI,
os mesmos que noutras ocasiões fizeram acordos nocivos aos colegas (ANABB, CONTRAF/Cut), mas favoráveis ao BB, atendendo apenas interesses pessoais. Diante da intransigência do Banco, sou de opinião que devemos suspender imediatamente as negociações e providenciar Ação Judicial, pois numa votação é certo que o BB terá vitória, levando em conta as abstenções dos aposentados e o pessoal da ativa, pressionados pelo empregador.
João Batista Monteiro de Barros
4.780.800-4
Caro amigo Nasser e demais,
Caso semelhante aconteceu com minha irmã Maria Auxiliadora de Azevedo Carvalho Pereira, nossa colega, em Campos dos Goytacazes (RJ). No aguardo de 2 stents, ficou mais de 20 dias internada no hospital Dr. Beda (melhor de Campos). Precisei falar com Carvalho, na época assessor de Graça Machado, a respeito da burocracia para liberação dos stents, mesmo com relatórios médicos exigidos pela Cassi. A liberação só foi autorizada, quando Paulo Muradas assumindo a UR do RJ, sabendo do caso por Carvalho, me telefonou informando que os stents estariam no no dia seguinte no hospital. Veja o gasto desnecessário que a Cassi teve com a internação. Esse não é o caminho correto para termos nossos direitos respeitados junto a Cassi.
Abraços,
Ronaldo
Postar um comentário