Revista DIREITOS da AAPPREVI, nº 20
Editorial
Marcos Cordeiro de Andrade
Impressiona o domínio que a eleição da ANABB consegue exercer
no nosso universo de aposentados e pensionistas oriundos do BB. Não só pelo
volume que os seus mais de 100.000 sócios representam, mas, e principalmente, pelo
caráter remuneratório que os cargos em disputa envolvem, o que é uma pena. Vai
longe o tempo em que aposentados poderiam se voltar para o bem comum,
distribuindo experiência e dedicação aos semelhantes na condução de suas
associações sem visar lucro. Esses idealistas estão alijados do processo
sucessório por conta da maciça e cara propaganda de aliciamento encetada pelos
caçadores de recompensas. Hoje, o que se vê é o desencadeamento da corrida do
ouro a cada eleição que acontece para a CASSI, para a PREVI ou para as grandes
associações que, de igual modo que aquelas, pagam altíssimos salários aos seus
dirigentes, deixando no chinelo o mesquinho benefício previdenciário.
Lamentavelmente esse cenário deixa ao desamparo os eleitores no que tange à
escolha de candidatos. Sim, porque as indicações deixaram de se pautar em
parâmetros confiáveis envolvendo o passado probo na carreira bancária e o fiel
propósito de lutar pelo bem dos semelhantes. Uma vez instituídas gordas
remunerações, um enxame de aventureiros e catadores de sinecuras ocupou o
cenário das candidaturas, eleições e posses. Via de regra com enfoque nos
repetidos nomes que, também repetidamente, preenchem as cadeiras de mando – e
de recompensas financeiras. Daí eu ter denominado esse movimento de “dança das
cadeiras”, em artigo publicado em 2009 – de uso universalizado atualmente.
Mas, fazer o quê. Temos que conviver com isto sem relegar a
responsabilidade do voto para continuar exercendo esse sagrado direito. No
entanto, faz-se premente ter visão crítica para tentar salvar nossa capacidade no
uso dessa contundente e eficaz ferramenta. Não podemos sair votando
aleatoriamente em nomes repisados, apoiados por quem paga tributo à indicação
recebida para entrar no clube. Temos por obrigação fazer triagem seletiva para
colocar as pessoas certas nos lugares certos, sem medo de arrependimento futuro
por ter “dado emprego” ao invés de darmos cargos, unicamente para desempenho
descompromissado com as cifras envolvidas e as benesses possíveis.
Nosso apurado senso de discernimento não aceita cabrestos em
nenhum sentido. E a melhor maneira de escolher o candidato viável é apurar sua
disponibilidade de tempo para cuidar dos nossos assuntos como se propõe.
Devemos fugir, portanto, da imposição de votar em quem já ocupa vários cargos
nas nossas Entidades, simplesmente porque a obviedade nos aponta para um
acumulador de “empregos” fartamente remunerados.
Vamos votar nos “desempregados” com base nos currículos
apresentados espelhando o desempenho funcional, com o cuidado de expurgar as
crias de gabinetes, os carreiristas, sindicalistas e coisas que tais. Assim, na
pior das hipóteses estaremos dando “emprego” a quem ainda não tem nenhum e
sobrevive honestamente com o minguado benefício da aposentadoria ou pensão.
Isso nos dará a esperança de que, além disso, seja honesto para conosco,
também, como nenhum outro encastelado em múltiplas cadeiras tem sido. Basta
supor os ganhos nos “empregos” para os quais elegemos sucessivamente os que lá
estão.
Também, se alguém ainda não tiver candidatos com potencial
positivo, busque ajuda no CANAEL – www.canael.com.br - onde estão listados os
indesejáveis acumuladores de cargos remunerados.
5 comentários:
06/10/2015
Bancários fecham agências a partir de hoje no país
Cristiane Gercina
do Agora
A greve dos bancários começa hoje, com a promessa de fechamento de agências em todo o país.
Os clientes precisam buscar alternativas para o pagamento das contas, porque a paralisação não é justificativa para a inadimplência.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os bancos oferecem diversos meios para o pagamento das contas além do atendimento presencial nas agências.
Os aposentados do INSS terão o pagamento do benefício garantido. Basta ir com o cartão a um caixa eletrônico. Não é necessário que seja na agência onde o segurado tem conta.
O aposentado com dificuldade em usar o caixa eletrônico deve ir acompanhado. Se isso não for possível, a ajuda deve ser pedida apenas para funcionários do banco.
A categoria quer reajuste de 16%. Os bancos oferecem 5,5%.
Fonte: Jornal Agora S, Paulo
De Solonel Jr:
Marcos, parabéns pelo seu editorial e mais uma vez, obrigado pela inclusão do meu texto na revista. Um abraço.
SolonelJr
Caro Marcos Cordeiro,
Faço minha as palavras do estimado Minari em seu texto mais abaixo.
Se conseguirmos chegar lá, trabalharemos juntos para fazer as mudanças que habilitarão a nossa ANABB a atuar de forma direta e efetiva pela preservação das nossas caixas e, assim, da preservação do futuro dos funcionários da ativa, dos aposentados e dos pensionistas que não têm dormido direito em decorrência da preocupação com o estado de fragilidade das nossas instituições.
Abraços fraternos, extensivos ao Minari e aos demais valorosos colegas que estão empenhados em tornar realidade as mudanças tão necessárias e que todos desejamos,
"Tantos alegam que pouco ou nada mudou, mas como esperar mudanças se os atores continuam os mesmos? Então, VOTE para MUDAR!"
216 - Norton Seng
CD - MSU - Movimento Semente da União
De Edison de Bem:
Renovo os agradecimentos pela indicação do TONINHO e aproveito para destacar a excelência da revista. Parabéns, "meu velho guerreiro".
Abração Edison
De Wilson Gonçalves de Aquino:
BOM DIA, PREZADO AMIGO. PESAROSAMENTE, INFORMO O FALECIMENTO DO AMIGO E COLEGA DE TRABALHO DA VELHA GUARDA, AILTON DE OLIVEIRA, OCORRIDO ONTEM, DIA 05, CUJO SEPULTAMENTO DEU-SE NO MESMO DIA AS 17,45 HS.
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