Colegas idosos sem CASSI
Marcos Cordeiro de
Andrade
Curitiba (PR), 26/03/2017.
Caros
colegas,
É deveras lamentável constatar que inúmeros colegas
aposentados, e outros idosos afastados do BB, não são filiados à CASSI. Por
motivos vários, cujo mérito não cabe discutir, quando é chegada a velhice essa
carência se faz sentir com maior e mais brutal intensidade. Nessa etapa da
vida, quando faltos de recursos para contratar um Plano condizente, eles têm
que recorrer às filas do SUS para pleitear atendimento médico. Alguns,
residentes nas Capitais e até mesmo em grandes cidades, têm a ventura de contar
com unidades médicas que suprem as necessidades básicas. Porém, outros, menos
aquinhoados pela sorte, submetem-se ao vexatório sistema de marcação de
consultas com prazos a perder de vista – como se os males da velhice pudessem “hibernar”
até o dia agendado para a visita ao sistema de saúde pública.
Vale salientar que, via de regra, esses idosos têm uma
companheira como dependente, também subordinada às mesmas constrangedoras dificuldades.
Nada obstante, sabe-se, sem falsa argumentação, que correm no
Judiciário Ações pleiteando a volta ao seio da CASSI daqueles que já
engrossaram o seu quadro de associados. Visam esses pleitos contemplar
pedevistas, demitidos e afastados outros.
Nesse sentido, a UPD (União dos Pedevistas e Demitidos do BB)
realiza excelente trabalho, quase que filantrópico, em benefício dos seus
sócios. Por lá é patrocinada a “Ação Cassi “ex-funci” que busca o Plano de
Assistência da Cassi nas mesmas condições dos funcionários da ativa”
Mas, como em todas as reivindicações, nem sempre os
corredores da Justiça são os caminhos mais apropriados a percorrer para quem
tem pressa de resultados. A velhice não espera o amanhã chegar. O seu amanhã é
hoje.
Ademais, ao que consta, esses excluídos foram atingidos por
normativos lídimos, cuja inconsistência jurisprudencial é difícil alcançar –
seja em curto ou até mesmo em largo prazo.
Por isso, seria oportuno e conveniente que as Associações de
Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil abraçassem a necessidade de bem
cuidar desse assunto. Há que se encontrar um meio de fazer a CASSI entender que
ela pode resolver esse calamitoso problema social. Obviamente, é impossível a
qualquer associação “bancar” um plano de saúde do porte da CASSI para seus
sócios, pois o alto custo do Plano é diametralmente oposto ao valor da
mensalidade cobrada. No entanto, é possível a formação de um sub plano (Empresarial,
por exemplo) dando condições às Associações dele participar para repasse aos
associados, lhes cobrando taxa individual compatível com a capacidade de
pagamento, e cujos valores assim arrecadados seriam vertidos à CASSI em paga do
Plano instituído.
Considerando que essa propositura é eticamente correta, entendemos
que dela poderia se encarregar a FAABB (Federação das Associações de Aposentados
do Banco do Brasil) para, com a força da representatividade reconhecida,
acostar seu empenho à coroação da meta esperada. Desse modo, estou recorrendo
aos préstimos da sempre ativa e digna defensora dos nossos anseios, colega Isa
Musa de Noronha, oferecendo o apoio logístico da AAPPREVI para o bom desempenho
da missão de convencimento que ora lhe destinamos – com o timbre de uma boa
causa.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente da AAPPREVI