CASSI –
Aposentados pagarão mais
Curitiba (PR), 26 de abril de 2018.
Caros
colegas,
Boletim
do BB/DIPES, de hoje, cai como uma bomba relógio pronta para explodir no seio
da Comunidade de Aposentados e Pensionistas associados da CASSI. Nesse
comunicado consta que o patrocinador propõe aumento da mensalidade com a
cobrança adicional por dependente desses participantes.
A íntegra
do BOLETIM CASSI correspondente está reproduzida logo a seguir.
Atenciosamente,
Marcos
Cordeiro de Andrade
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“Boletim BB – 26 de abril 2018
Cassi - Começamos as negociações
Colega,
Na última terça feira, 24, por iniciativa do Banco,
começaram as negociações visando a saída sustentável para a Cassi. Desde o
início do ano, temos conversado com as lideranças dos associados sobre a
delicada situação econômico-financeira do nosso plano de assistência à saúde.
Essa situação pode ser constatada por meio da leitura do relatório anual da
Cassi do ano de 2017: déficits recorrentes superiores a R$200 milhões/ano;
zeramento das reservas; patrimônio líquido abaixo da margem de solvência
exigida pela ANS, em quase R$240 milhões. E não apresentamos proposta, nesse
tempo, para garantir isenção durante o período eleitoral da Cassi, encerrado
recentemente. O que foi apresentado à mesa Cassi é uma proposta de largada,
“para início de conversa”, como noticiamos no nosso último boletim. Em linhas
gerais, o que foi colocado para reflexão e propositura de avanços, consiste em:
1. a)
cobrança por dependente de associado da ativa, com subsídio pelo Banco da maior
parte da cobrança (60% do valor cobrado), por até o valor mínimo do Cassi
Família, sem qualquer vinculação a faixa etária, limitado a 3 dependentes;
obs.: a grande maioria dos ativos (75%) tem até 2 dependentes;
2. b)
cobrança por dependente de associado aposentado, também pelo valor mínimo do
Cassi Família, sem qualquer vinculação a faixa etária, limitado a um
dependente; obs.: a grande maioria dos aposentados (84%) tem até 1 dependente;
até 2 dependentes, são 95%; c) valor simbólico de cobrança por dependente, a
partir do 4º, no caso dos ativos e do 2º, no caso dos aposentados, por
exigência regulatória;
3. c) valor
simbólico de cobrança por dependente, a partir do 4º, no caso dos ativos e do
2º, no caso dos aposentados, por exigência regulatória;
4. d)
limitação da cobrança total (por titular e dependente) a 10% da renda do
associado; limite que constitui teto e não referência de custeio. A CONTRAF,
uma das participantes da mesa, divulgou os valores. Mas eles não são o foco
deste boletim, pois são provisórios e oferecem espaço para negociação por
consenso e dentro das limitações do marco regulatório.
A nossa proposta inicial – passível de avanços pela via da
negociação e do diálogo propositivo – está no nosso site
bbnegociacaocoletiva.com.br.
A cobrança por dependente é a forma que encontramos de
corrigir a deficiência de receitas, sem comprometer a competitividade em
relação a outros planos de saúde, mantendo uma relação de custo/benefício muito
favorável ao associado, ativo e aposentado, em conta o valor cobrado versus a
cobertura assistencial oferecida. Ou seja, nossa proposta mantém o conjunto de
virtudes dos serviços oferecidos pela Cassi, como a abrangência nacional e a
cobertura de procedimentos que vão além do rol exigido pela ANS (exemplos:
aparelho auditivo, vacinas, cuidador, PAF, PAD).
Queremos melhorar a Cassi e preservar todas as suas virtudes.
A cobrança por dependente que estamos propondo não fere o chamado princípio da
solidariedade. Não consta – e não constará – de nossa proposta cobrança por
faixa etária e nem formas de custeio atreladas ao uso da assistência. Temos,
por premissa, garantir o equilíbrio de sacrifícios entre patrocinador,
associados ativos e associados aposentados, preservando as proporções
observadas atualmente.
Lamentamos que a Diretoria Executiva da Cassi ainda não
tenha divulgado o Diagnóstico da Accenture. Desde o dia 06/02/2018, o Banco o
entregou à Cassi e fez uma apresentação às entidades, numa mesa de prestação de
contas do memorando de entendimentos, ocorrida no mesmo dia, por princípio de
transparência. Além disso, recomendou a seus indicados que defendessem a publicação.
No dia 29/03/2018, o Conselho Deliberativo da Cassi autorizou a divulgação no
portal internet da entidade, ainda pendente de publicação.
Esse é um ponto que nossa proposta inicial também aborda,
qual seja, um modelo de governança que leva ao estado de “não decisão”. Ora,
uma divulgação extremamente importante ao associado que, no coletivo,
representa a instância máxima decisória, ainda não se efetivou, num claro
prejuízo da transparência com a qual o BB sempre esteve comprometido e de que
vem dando concreta demonstração.
Para a governança da Cassi, o que o BB propõe, nesta fase
inicial de negociação, é adotar o voto qualificado, nos moldes do que ocorre na
Previ.
Na arquitetura organizacional propomos incorporar
conhecimento e experiência em planos de saúde, para atuação no core do negócio
da Cassi. Mas, também aqui não fechamos questão. Estamos abertos a estudar
formas alternativas que garantam o fim do estado de “não decisão” e a
participação qualificada de profissionais na direção da Cassi, com conhecimento
e experiência em saúde.
Temos consciência de que a proposta, do lado das receitas,
não é suficiente para equilibrar o Plano de Associados. É preciso garantir
também um enorme esforço de eficiência, que projeta recursos da ordem de R$3,3
bilhões, em 10 anos, numa visão mais conservadora, pelo lado da melhor gestão
assistencial e operacional da Cassi. Mas, para que esses recursos sejam
efetivamente capturados, governança e arquitetura organizacional adequadas
serão fundamentais.
A proposta apresentada à mesa – onde, também, participaram
os diretores eleitos atuais da Cassi – foi entregue, no dia 25/04/2018, aos
representantes das entidades que a formam: AAFBB, ANABB, CONTRAF, CONTEC e
FAABB.
É preciso salientar que essas entidades, somente no seu
conjunto, representam os associados. Prevalece, para as associações, o
entendimento de que a proposta só poderá ser analisada com profundidade técnica
após a divulgação do Diagnóstico da Accenture e, também, que não divulgá-lo
prejudica a transparência que deve haver em todo processo de diálogo e
negociação.
E o que vemos neste momento? Matéria isolada que, no nosso
entender, não representa o conjunto do que pensa – de forma responsável – as
lideranças como um todo. O que importa agora é a sustentabilidade da Cassi,
somente.
O BB aguarda uma contraproposta do conjunto das lideranças
que compõem a mesa para dar continuidade ao processo negocial, até que seja
possível construir uma proposta definitiva.
Aproxima-se o momento de decidir e o espírito de todos deve
ser de diálogo, propósito pela preservação da Cassi, responsabilidade e senso
de urgência.
Até o próximo boletim.
Dipes – Diretoria Gestão de Pessoas José Caetano de Andrade
Minchillo João Batista Gimenez Gomes Diretor Gerente Executivo”