CASSI – Negociações
Caros colegas,
Por se tratar de relevante assunto do interesse de todos
nós, associados da CASSI, transcrevo como recebido o BOLETIM PESSOAL BB, desta
data (01/06/2018).
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
Matrícula nº 6.808.340-8
www.previplano1.com.br
Matrícula nº 6.808.340-8
www.previplano1.com.br
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BOLETIM DIREG-BB (Diretoria Gestão de Pessoas) – 01/06/2018.
Colega
O BB, após quase quarenta dias, apresentou hoje (1º) nova
proposta de sustentabilidade para a Cassi, desta vez na própria governança da
entidade, depois de aguardar a mesa de negociações para discutir e avançar
sobre a proposta inicial. Isso não ocorreu, apesar dos esforços do Banco e das
associações.
A proposta inicial do Banco decorreu da conclusão do
Diagnóstico elaborado pela Accenture, consultoria contratada em cumprimento ao
Memorando de Entendimentos firmado em outubro de 2016.
Histórico das negociações/2018
No dia 06/02/2018, em conformidade com o Memorando de
Entendimentos, o BB entregou à Cassi o Diagnóstico da Accenture. Na mesma data,
a própria Accenture apresentou uma síntese do citado diagnóstico aos
representantes das entidades, reunidos na mesa de prestação de contas do
memorando. A Cassi apresentou um plano de ajustes de curto prazo e o BB
noticiou o adiantamento de 4 anos da contribuição patronal sobre o 13º.
salário, no valor de R$323 milhões, em 3 parcelas.
No início de abril, encerrado o período eleitoral na Cassi,
o BB pediu à CONTRAF, coordenadora da mesa Cassi, que chamasse a mesa para
iniciarmos a discussão das proposições colocadas pela Consultoria e a
construção de consenso em torno de uma proposta, o que não ocorreu.
No dia 10/04/2018, por nossa iniciativa, nos reunimos com as
entidades signatárias do Memorando de Entendimentos, discorremos sobre os
limites do marco regulatório, as premissas da proposta que o BB apresentaria e
a dinâmica de negociação com os vários intervenientes. Na oportunidade,
ratificamos nossa disposição para dialogar e buscar consenso com a mesa a
partir de uma proposta inicial de nossa parte.
No dia 24/04/2018, em mesa chamada pela CONTRAF,
apresentamos a Proposta Inicial BB, salientando que se tratava de uma primeira
proposta, com margem para sugestões de melhoria e avanço por meio de consenso
entre as partes. Todas as premissas e condicionantes da proposta foram
apresentadas pelo BB e discutidas pelos presentes. Pedimos que estudassem a
proposta e marcassem uma próxima mesa para discussão e eventual apresentação de
contraproposta.
Em 02/05/2018, por convite da ANABB, participamos de evento
com as entidades signatárias do memorando e com dirigentes e ex-dirigentes da
Cassi, eleitos e indicados, chamados pela entidade para discutir a Cassi e a
proposta do BB. Naquela oportunidade fizemos nova apresentação de nossa
proposta e debatemos com os presentes. Aceitamos o convite como oportunidade
para conversar com todas as representações, na expectativa de que eventual
proposta surgida da iniciativa da ANABB fosse apresentada à mesa Cassi para
amplo debate.
Em 08/05/2018, enviamos mensagem às entidades componentes da
mesa Cassi solicitando que se posicionassem sobre a proposta inicial do Banco.
Ratificamos nossa disposição para o diálogo e a construção de consenso com as
lideranças. Mas, a mesa Cassi não se posicionou, em seu conjunto, sobre a
proposta apresentada.
Em 28/05/2018, consideramos esgotado o prazo dado para
posicionamento da mesa – em conta a urgência que requer a situação da Cassi – e
decidimos por negociar diretamente na governança da entidade.
Cabe noticiar que as três parcelas de liberação do
adiantamento da contribuição sobre o 13º. salário já foram pagas, nas condições
e prazos estabelecidos.
Avanços da Proposta BB
A nova proposta BB está publicada no site
bbnegociacaocoletiva.com.br e na Plataforma BB – Comunicação – Destaques. Ao
consultá-la, você observará que conseguimos avançar nos seguintes pontos, em
relação à proposta inicial:
• Redução do valor
da cobrança por dependente dos associados ativos, em regime de escala, conforme
a renda do funcionário
• Desconto sobre o
valor da cobrança por dependente para aposentados, também em regime de escala
de renda
• Redução do valor adicional
cobrado por dependente, do quarto em diante (para ativos) e do segundo em
diante (para aposentados)
• Redução do teto
da contribuição total (titular + dependente) sobre a renda, para ativos e
aposentados
• Criação de nova
contribuição do BB, temporária pelo período de adaptação à CGPAR/23, a título
de taxa de administração
Embora não tenham sido negociados em mesa, esses avanços
baseiam-se no que foi possível sensoriar da percepção dos associados sobre a
primeira proposta, através das redes sociais, conversas com lideranças e
comentários em matérias da AGN. A mobilização de funcionários e aposentados
para a leitura do Diagnóstico, feita por nossos líderes e pelas Ecoas, também
foi considerada na formalização da nova proposta, pois suscitaram reflexões
muito relevantes sobre a situação da Cassi.
O modelo de proposta e o diagnóstico da Consultoria
O modelo de proposta adotado pelo Banco, desde o princípio,
se sustenta nos seguintes pilares:
• Nos limites do
marco regulatório
• Nas conclusões do
Diagnóstico
• Nas premissas
para a mudança da Cassi:
a) preservação da entidade e senso de urgência
b) equilíbrio de sacrifícios entre ativos, aposentados e
patrocinador
c) medidas estruturantes em gestão e eficiência operacional
d) modelo de governança que elimine o estado de não decisão
e incorpore conhecimento e experiência em saúde
e) manutenção do sistema de representação paritária
O Diagnóstico da Accenture revelou que a Cassi carece de
mudanças significativas para resolver limitações estruturais que se agravaram
ao longo do tempo e provocaram os déficits hoje existentes. São elas:
a) as contribuições para o custeio do Plano de Associados
não são suficientes para a cobertura das despesas assistenciais.
Para isso, nossa proposta contempla duas novas formas de
custeio: cobrança por dependente e taxa de administração temporária, esta como
forma de garantir maior aporte de recursos para as transformações tecnológicas
e para outros projetos estruturantes. Como já discutimos aqui, se, de um lado,
o Plano de Associados apresenta um custeio médio 43% menor que o custeio dos
outros planos, por outro, oferece abrangência nacional e cobertura acima do rol
exigido pela ANS através de programas que consomem cerca de R$200 milhões por
ano;
b) há muitas oportunidades de melhoria em gestão e
eficiência, nos diversos processos da Cassi.
Para o reequilíbrio econômico e financeiro da Cassi, além
das alterações no custeio do Plano de Associados, levamos em conta as
proposições apresentadas pela Consultoria que, se adotadas com efetividade,
projetam economia de recursos da ordem de R$3,3 bilhões em 10 anos. Três
macroprocessos precisam ser revistos, neste particular: tecnologia e eficiência
operacional, gestão do risco populacional e gestão do relacionamento com os
prestadores;
c) o modelo atual de governança da Cassi não favorece a
tomada de decisões estratégicas ágeis e, portanto, não está compatível com a
complexidade do segmento de saúde.
A proposta BB contempla a mudança da governança da Cassi,
com dois propósitos: eliminar o estado de não decisão e incorporar conhecimento
e experiência em saúde no nível estratégico. Propõe, pois, o voto de qualidade
por parte do BB no Conselho Deliberativo (nos moldes do que se pratica na
Previ) e a criação de duas diretorias técnicas na Diretoria Executiva.
Ratificamos que em torno desses pontos estamos abertos a discutir alternativas
que sejam capazes de produzir o mesmo efeito. Absorver conhecimento e experiência
de outros planos de saúde não significa desmerecer a competência dos
profissionais da Cassi. Ao contrário, contribui para abreviar a transferência
dessa expertise para a entidade como um todo, reforçando suas competências
técnicas do ponto de vista corporativo. E é preciso ter em mente que a captura
efetiva de economias com as ações estruturantes, da ordem de R$3,3 bilhões em
10 anos, requer modelo de governança que priorize decisões com dinamismo,
agilidade e mentalidade estratégica.
Próximos passos
Certamente, a Diretoria Executiva da Cassi analisará a nova
proposta e se posicionará com o devido senso de urgência, conhecedora da
situação atual e das proposições iniciais apresentadas. Os recursos adiantados
pelo Banco ajudam na travessia, mas não afastam por completo os problemas de
solvência e liquidez e, por consequência, o risco de intervenção da ANS.
Ficaremos no aguardo do encaminhamento da proposta pela
Cassi, esperando que, em breve, seja possível submetê-la à consulta da
instância decisória máxima da entidade, o seu corpo de associados.
Sobre a negociação com as lideranças sindicais e
associativas, permanecemos abertos ao diálogo. Entretanto, apenas na forma
colaborativa, já que, a partir de agora, a discussão e os eventuais novos
avanços sobre a proposta do BB encontram-se circunscritos ao espaço de
governança da Cassi.
Até o próximo boletim.
Diretoria Gestão de Pessoas
José Caetano de Andrade Minchillo
Diretor
João Batista Gimenez Gomes
Gerente Executivo
Gerente Executivo
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