Negociações CASSI – Reta final
Marcos Cordeiro de Andrade
Curitiba (PR), 22 de julho de 2018.
A proposta original de equacionamento da questão financeira
da CASSI imprimiu temerária cláusula de cobrança aos aposentados. Trata-se de
taxar o atendimento aos seus dependentes inscritos no Plano, isentos desse ônus
desde o início da condição da inatividade de titular. Ocorre que, à guisa de
aprimoramentos, as idas e vindas discutindo as minúcias do que foi proposto
subentende que essa cláusula é imutável – restando apenas o enquadramento dos
valores que se pretenda cobrar.
Por conta disso, e sendo imperioso consultar o Corpo Social
para aprovação do que resultar das negociações, não se tem uma base sólida para
acreditar na aprovação do pleito se mantida a inusitada cobrança aventada. Tudo
em razão da incapacidade financeira desse segmento, agravada pela
impossibilidade estrutural de buscar fonte de custeio da nova despesa por
motivos vários (mercado de trabalho fora de alcance pelas limitações físicas
próprias da idade, principalmente).
Não custa aclarar que o Corpo Social é composto de todos os associados
ativos e aposentados. Nisso, ao serem consultados sobre a esperada reforma, eventuais
descontentamentos fragmentados não devem ser motivo de preocupação quanto ao
resultado. Por outro lado, se um dos dois segmentos for atingido consensualmente,
claro está que prevalecerá o espírito corporativo para influenciar na votação
e, qualquer que seja o lado descontente, é de se pensar no insucesso do
chamamento.
Ao enfatizar esse entendimento, temos presente que a
recorrência a dados estatísticos por vezes soa como incapacidade didática, além
do que cansa o interlocutor pela ocupação da mente na leitura dos cálculos
demonstrados.
Todavia, nas tentativas de anular ceticismos de retrógradas
posições e comodismos convenientes, para se cuidar do alerta quanto ao risco de
fracassos todo reforço explicativo é válido.
Assim é que se faz indispensável recorrer a essa comprovação
ao amparo dos números da CASSI, divulgados no Relatório de 2017 e disponível para
consulta integral no link a seguir:
No contexto, o querer reinventar a roda é redundância desprezível.
Por outro lado, inventar moda nem sempre dá bons resultados.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de
Andrade
- 79 anos -
Aposentado do
Banco do Brasil
Participante da
CASSI desde 15/05/1962
OBS.: Leia também “CASSI – Negociações e ajustes” publicado
no blog www.previplano1.com.br
em 19/07/18.
3 comentários:
23/07/2018
Aposentadorias antigas também podem ter revisão
Larissa Quintino
do Agora
O prazo para um aposentado pedir a revisão do benefício pode ser maior do que dez anos, caso o INSS tenha deixado de analisar algum período ou documento ou o segurado consiga documentos novos aos quais não teve acesso antes de se aposentar pela Previdência.
Segundo um entendimento da TNU (Turma Nacional de Uniformização), dos Juizados Especiais Federais, o segurado não pode ser punido pelo prazo de decadência nesses casos. Por isso, ele pode procurar a Justiça para conseguir um benefício mais vantajoso.
Para identificar se houve algum erro de análise, como documentos apresentados pelo segurado na época do pedido da aposentadoria que não foram levados em consideração, é necessário pegar o processo administrativo, chamado de PA.
Fonte: Jornal Agora S. Paulo.
Caro Marcos Cordeiro de Andrade,
Com todo o respeito e admiração de que o colega é merecedor, permita-me ser bem objetivo.
Penso que o tempo das discussões levantadas na sua exposição não é a prioridade no presente momento.
Todos os aspectos da sustentabilidade da CASSI já são discutidos há muito tempo.
Foi assinado um acordo entre o BB e a CASSI que deveria dar sustentabilidade financeira à instituição até 2019.
Não foi suficiente. Aliás, à época em que foi firmado esse acordo, muitos já previam isso.
Resultado, a CASSI está entrando em colapso.
A solução, com um novo acordo, nem que seja totalmente sustentável e completa, tem de ser já.
Caso contrário a CASSI quebra.
Apoio integralmente seu ponto de vista de que muitos aspectos da governabilidade da CASSI tem de voltar a ser reanalisados e rediscutidos.
E podemos acrescentar diversos outros aspectos.
Até porque - friso - a equação que nos levou a esta trágica situação continua presente.
É a queda na arrecadação da CASSI e a alta dos custos médicos.
Certamente, como aconteceu em relação à Proposta que deveria durar até 2019, em pouco tempo voltaremos a entrar em déficit.
Expressei em notas em meu blog que os rendimentos do funcionalismo tem de ser aumentados.
Durante muitos anos e após sucessivos governos de diversificadas colorações políticas, o BB promoveu PDVs, reformou carreiras do funcionalismo que rebaixaram rendimentos brutalmente, tivemos Resolução CGPC 26, Resolução CGPAR 23, etc.
Tudo isso somado, a par com as aposentadorias, minou a arrecadação da CASSI.
Colega Marcos Cordeiro, essa situação nos traz angústia e tristeza.
Mas essa é a realidade à nossa frente.
Abraços
Adaí Rosembak
26/07/2018
Saiba como ter vantagem com revisão da vida inteira
Clayton Castelani
do Agora
A possibilidade de recalcular a aposentadoria com a inclusão de contribuições previdenciárias realizadas antes de 1994 é uma das discussões judiciais mais importantes para aposentados e pensionistas do INSS.
A chamada revisão da vida inteira já chegou à principal instância dos Juizados Especiais Federais, a TNU (Turma Nacional de Uniformização).
A votação da turma, ainda sem data marcada, orientará como deverá ser a posição dos juizados, onde são analisadas ações contra a União cujos atrasados não ultrapassam 60 salários mínimos.
Fonte: Jornal Agora S. Paulo.
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