Consulta – Olhando para o meu umbigo
Marcos Cordeiro de Andrade
Curitiba (PR), 11 de agosto de 2018.
Caros
colegas,
Sei que os paus vão bater forte no meu lombo. Principalmente
os paus mandados. Mas a minha idade não permite meias palavras, nem esconder o
que sinto. Por isso rasgo a camisa, vergo o corpo e deixo o lombo à mostra para
receber as chibatadas de quem queira vergastá-las.
Olhando para o meu umbigo, não vejo porque provocar a
possibilidade de ficar sem a CASSI. Explico, pois, sem entrar em outro mérito
que não seja o que somente a mim diz respeito. Deixar como está é temerário.
Aceitar o novo Estatuto dá vida longa à CASSI, presume-se. Ainda mais quando a
mudança preserva o direito adquirido. E como não podemos frear o mundo, mudanças
acontecem. É o que me basta.
Ademais, confundido com bem-intencionadas colocações fragmentadas,
decidi intuir por conta própria depois de esmiuçar as alterações.
Tenho 79 anos e em 56 anos de dependência da CASSI venho
recebendo por seu intermédio assistência que nenhum outro Plano seria capaz de
me proporcionar. Há cerca de dois anos minha esposa foi acometida por um câncer
pulmonar que tirou sua vida depois de um longo, sofrido e custoso tratamento de
cerca de R$ 100.000,00 - em que contei com o amparo da CASSI. Um pouco antes,
em 2015, sofri um infarto que também foi cuidado com o dinheiro do meu Plano de
Saúde. Nos treze dias em UTI, entre a vida e a morte, tudo foi feito para me
salvar por abnegados profissionais a serviço de Hospital conveniado. O custo do
tratamento que me mantém vivo superou os R$ 30.000,00. Tudo pago pela CASSI.
Lá atrás, em 1965, nasceu o filho do primeiro casamento com deficiências
múltiplas. Até hoje, aos 53 anos, ele se mantém totalmente dependente em
cadeira de rodas, sob os cuidados diuturnos de fisioterapeutas, fonoaudióloga,
cuidadores e o que mais necessite – por conta da CASSI. Sem falar que a partir
dos seis meses de vida até aqui ele já se submeteu a 17 cirurgias corretivas
(fenda palatina total, “pés-de-pato”, correção dos membros inferiores e outras intervenções).
Tudo por conta da CASSI.
É dever ressaltar que todos esses procedimentos tiveram
enquadramentos rotineiros na TGA. Minha responsabilização se cinge às
imputações regulamentares. Não há privilégios. E o que a CASSI fez e faz por
mim e pelos meus dependentes é extensivo a todos os participantes. Isso não
muda com o novo Estatuto.
Também importa dizer que tenho como única fonte de
rendimentos o benefício previdenciário (PREVI/CASSI) e hoje pago no contracheque
ao meu maiúsculo PLANO DE SAÚDE, por mim e por esse filho, R$ 303,51 mensais Com a nova fórmula passarei a pagar R$ 404,69 + R$ 17,13 pelo dependente = R$ 421,22 - e é só. Esse pequeno aumento é o único “prejuízo”
a contabilizar. Comparativamente ao CASSI Família os números passariam a totalizar R$ 3.724,66 também POR MÊS. Está tudo no simulador do site.
Por isso, não posso me dar ao luxo de correr riscos no
confronto com a realidade. Ainda mais se o meu Plano de Saúde é inigualável e
espero que seja eterno para mim e para o filho inválido. Este, pelo
enquadramento no código 21, será amparado pela CASSI até o dia da sua morte.
Mesmo que eu parta antes.
Mostrem outro Plano que faça ao menos a metade disto, pelo triplo
do preço que seja, e mandarei a CASSI catar coquinhos.
Por último, peço que não se deixem influenciar por opiniões
isoladas. Leiam o novo Estatuto e assumam posição com independência. Porque eu voto
SIM, egoisticamente, confesso. O resto corro atrás, enquanto tiver pernas.
Então, estou pronto, que venham as chibatadas dos insensatos.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de
Andrade
Aposentado do BB -
Matrícula nº 6.808.340-8
Participante da
CASSI desde 15/05/1962
23 comentários:
Dr. Medeiros, as suas alegações são válidas em todos os sentidos. De tudo o que li até agora apenas um ítem na mudança do estatuto me deixou em dúvida. Trata-se, segundo entendi, da mudança de condição de ASSOCIADO para USUÁRIO. Penso que, como usuário, perde-se a possibilidade do voto ou opinião. Por outro lado não sei se o caso está enquadrado nas exigências do órgão regulador dos planos de saúde. Tenho bastante dependência da CASSI e o aumento proposto é aceitável, em vista do custo de outros planos. Enfim aceitar mudanças é continuar a viver, em todos os sentidos.
Parabéns pelas esclarecedoras e bentidas palavras sobre nossa Santa Mãe CASSI!
José CORREIA de Araújo Neto
Assistido pela CASSI desde 24/12/1975
Amigo Marcos,
Você tem toda a razão, eu também cardíaco vivendo até hoje após 14 dias de UTI em outubro de 1998, e hoje controle absoluto com vários exames feitos através da CASSI.
Minha esposa portadora da Doença de Crohn vem fazendo tratamento com Infliximabe (Remicade) a cada 8 semanas com medicamento autorizado e a infusão em hospital credenciado pela CASSI.
Talvez não consiga arcar com os demais remédios sem ajuda e quando precisar vou, usar se ainda existir, a possibilidade de convênios com rede de farmácias credenciadas pela CASSI e fornecedoras com um bom desconto.
Cláudio Falco
COMPROMETIMENTO DE RENDA
Um colega que ganha R$ 2.500,00 por mês, contribuirá com o máximo de $187,50, a sua parte somada a todos dependentes, que é o limite de 7,5% sobre a renda.
Se fizer consultas e utilizar de terapias, contribuirá com, no máximo $104,16 de co-participação a mais, que é o limite de 1/24 da renda.
Será que é muito?
Satoru
Marcos.
Me solidarizo com você.
Embora sem a sua luta diária com a AAPPREVI e com o teu filho, entendo que o SIM é a melhor alternativa para nós.
Fraternal abraço
Luiz Portilho
Também meu voto é SIM.
Com 51 anos utilizando a CASSI, posso dizer que não tenho nenhuma queixa sobre os atendimentos médicos e também sobre a Cassi aqui em Goiânia.
Hoje somos só eu e a esposa pois os meus filhos, um tem plano próprio e a minha filha tem o plano Cassi Familia, pagando 695 reais por mês.
Atualmente desembolso 900 reais mês e com a aprovação vou pagar mais uns 300 pela dependente esposa.
Um amigo aposentado que encontro sempre e procura por noticias, teve uma aposentadoria modesta e paga apenas 300 reais por mês e ainda recebe assistência farmacêutica.
Vai continuar pagando os mesmos 300 e mais uns 200 pela dependente.
Mesmo assim é um valor muito pequeno diante de outros planos .
o SIM, para o bem da CASSI.
Ivan Rezende da Silva-Goiânia GO
Parabéns pelos esclarecimentos! Já havia decidido: votarei SIM.
Abraços,
José Anacleto de Faria
Vocês acessaram o site da Cassi para analisar a proposta que será colocada em votação?
Lá tem, além da proposta e das explicações da Cassi, espaço para se fazer um simulado de quanto será nossa contribuição. Creio que é a primeira vez que atingimos esse nível de detalhe na apresentação de uma proposta.
segue o link:
http://www.cassi.com.br/images/hotsites/suaescolha/index.htm
Paim
de pleno acordo com você, olhe o que nos oferece a CASSi e verá que necessitamos demais dela. Parabéns.
Em terça-feira, 14 de agosto de 2018 17:39:06 GMT-3, Adai Rosembak adesembak@gmail.com [REDE-SOS] escreveu:
Caro Marcos Cordeiro de Andrade,
Seu relato me deixou extremamente comovido.
Antes de ler sua trajetória, a de sua falecida esposa e de seu filho, eu também já havia me decidido pelo SIM.
Também vejo meu umbigo. Aliás, é bom frisar, como todos os demais associados.
Parabéns por sua decisão, passei a admirá-lo imensamente pela sua história de vida e, acima de tudo, pela sua benéfica influência e exemplo na séria decisão que teremos de tomar em relação à CASSI.
Parabéns, valoroso, corajoso e admirável colega.
Adaí Rosembak
Caríssimo Adaí.
Boa noite.
A admiração é mútua, creia.
O seu Blog é caminho obrigatório quando vou de encontro ao meu dia de trabalho.
Deveras sensibilizado por suas colocações, confesso que não tive a intenção de agir com pieguice.
Ninguém pode imaginar o quanto foi difícil expor meu lado sofrido, que aumenta a solidão da viuvez.
Pensei apenas em abrir os olhos dos corações endurecidos pelas mazelas da vida, para que não se deixem levar por negativismos.
O ser humano precisa de amor e compreensão. Nunca de ódios ou rancores.
Fique com Deus.
E conte com mais um amigo no extenso rol que você tem ampliado a cada dia.
Respeitoso abraço,
Marcos Cordeiro de Andrade
"Então, estou pronto, que venham as chibatadas dos insensatos." Marcos também olhando para o meu umbigo, e dos associados da Cassi, que conheço, minhas chibatadas são de flores, bem levezinhas e perfumadas (o perfume que tu mais gostas). Um abraço elacy
CARO MARCOS. Eu não te conheço pessoalmente, mas tenho absoluta confiança no que vc. faz. Vc. foi corajoso, sincero, franco, traduzindo o que eu também penso. Causou-me profundo respeito a narrativa da sua jornada sofrida e a grandeza do ser humano que emergiu daqueles episódios. Eu tenho quase 85 anos, meu amigo(seria uma honra para mim se me permitisse trata-lo assim), vc. falou o que precisava ser dito. A CASSI sempre foi um amparo seguro para todos nós e nesta altura do campeonato (Eu tenho quase 85 e minha esposa 77) não há plano de saúde que vá me aceitar por mais caro que possa cobrar (é um alto risco admitir-me como beneficiário). Eu também voto SIM, NÃO VOU COLOCAR EM RISCO UM PATRIMÔNIO CONSTRUÍDO PELOS VISIONÁRIOS COLEGAS QUE O INSTITUÍRAM HÁ QUASE 80 ANOS PARA SATISFAZER CAPRICHOS DE SINDICALISTAS QUE PERDERAM A ELEIÇÃO E NÃO SE CONFORMAM E PROCURAM A TODO CUSTO IMPEDIR QUE OS QUE LÁ ESTÃO CONSIGAM VIABILIZAR UM PLANO DE SALVAÇÃO DA INSTITUIÇÃO. O seu depoimento corajoso, abrindo o coração, me comoveu. Conte comigo no que precisar, embora saiba que a minha pequenez não tem muito a oferecer a um gigante da sua estatura moral e humana. Sincero, profundo e fraterno abraço. Paulo Maurício.
Caro Marcos,
Surpreendi-me sobremaneira com o seu admirável, corajoso e sincero depoimento que, confesso, me emocionou e desconfigurou a resolução que eu havia tomado sobre o tema, desde o início dessa complexa querela. O que fazer agora? Vou repensar, influenciado pelo seu corajoso desabafo!
Desejo, pois, parabenizá-lo por tudo o que você - segundo o seu rico depoimento e que nos emociona profundamente -, representa de dedicação filial, de fidelidade e de estoicismo. Tocante, a sua tranquilidade espiritual, a sua pétrea resignação e a sua continuada e extrema devoção dedicada ao seu filho se sintetizam numa das melhores definições para o que conhecemos como O Amor. E representam um irretorquível e admirável exemplo de vida. Deus o ilumine e abençoe o seu caminho de um homem vencedor. De um verdadeiro guerreiro.
Se já o admirava antes, e você sabe disso muito bem pelas nossas conversas de alguns anos atrás, agora é ainda maior o meu respeito e admiração por você.
Abraços fraternos,
Norton
Meu Caro Marcos,
Eu sempre o admirei, pela sua postura, sinceridade e pela honestidade e dignidade com que exprime suas opiniões, sobre os diversos assuntos atinentes aos interesses voltados para as nossas CASSI, PREVI e demais associações as quais nós, funcis do BB, estamos ligados. Lendo essa sua manifestação abaixo, comovido, me convenci de que minha admiração nunca foi em vão. Parabéns por essa dedicação, essa sinceridade, esse amor e essa franqueza. Quiçá muitos de nós pudéssemos agir dessa forma, desprendidos de interesses materiais e voltados para o lado humano e familiar. QUE VENHAM AS CHIBATADAS, MAS COM ELAS O MEU CARINHOSO E RECONHECIDO ELOGIO!
Admiro-o mais ainda!
Abraço fraternal,
Hamilton Omar BISCALQUINI.
REPASSANDO ===> Aquele que dentre vós não tiver recebido assistência semelhante da CASSI que dê a primeira chibatada.
--- Eu não dou.
Paulo Lacerda (Rio).
Caros colegas:
CONCORDO em gênero, número e grau, e outros predicativos que por acaso existam, com a colocação precisa e definitiva feita pelo colega MARCOS CORDEIRO DE ANDRADE. Votarei SIM.
Gildo Medeiros - 3.784.160-2
Associado da CASSI desse 14/05/1962.
De: Manuel Santos
Embora não tenha recebido tantos benefícios (sorte minha!), eu não darei chibatadas no Marcos Cordeiro. Nem em ninguém que exprima opinião fundamentada. E estou repassando o texto.
Manuel
Prezado Colega Marcos Cordeiro,
Com prazer repasso a mensagem abaixo:
Bom dia ☀
O valor que o Sr Marcos Cordeiro de Andrade irá pagar mensalmente está errado no simulador.
Por ter um dependente com deficiência (“art 81 do Estatuto) ele pagará pelo dependente o valor de 18,03 - esta foi uma conquista da Conselheira Deliberativa Rosineia Balbino, e foi acatada a sugestão dela por unanimidade, tanto na Diretoria Executiva quanto pelos Conselheiros.
Este enquadramento me parece que não está sendo sensibilizado pelo simulador.
Avisem ao Sr Marcos.
Fabiane Jerke
Assessora do Diretor Satoru
José Antonio Pelegrin:
VOTO SIM.
Contribuo com a CASSI a 32 anos. Ao contrário do Marcos Cordeiro (relato abaixo), felizmente, pouco usei meu plano nesse período.
Minha contribuição é parecida (valor R$ 490,00). Mas pagarei satisfeito o acréscimo que virá. Mesmo que não precise usá-lo. Solidariedade é isso. E será mantida.
Os descontentes não conhecem a realidade das ruas. Desçam de seus ""tronos"". Como vamos exigir fim da corrupção e dos privilégios se queremos manter os nossos?
VOTO SIM porque não há plano melhor, nem pelo dobro desse valor, tanto em custo quanto em atendimento.
Caríssimo amigo Marcos,
Por isso que sou muito satisfeito em fazer parte da AAPPREVI desde o início. Pela sua competência e, acima de tudo, por sua sensibilidade.
Também votarei SIM! Acho hipocrisia dizer que não olhamos para o nosso próprio umbigo quando votamos.
Eu, por exemplo, sou aposentado por invalidez devido a uma lesão medular, devido a um lipoma retirado parcialmente em 1997.
Desde 2008, já passei por várias cirurgias abdominais: nódulo no fígado (essa quase me tirou a vida, por causa de uma grave hemorragia, ficando 4 dias na UTI entre a vida e a morte), retirada da vesícula, correções de hérnias inguinais e umbilicais, todas elas com total custeio da Cassi.
Portanto, meu caro, compartilho dos mesmos argumentos que vc.
Meu voto ê SIM!!!
Um forte abraço!
Sérgio Figueiredo
Prezado Marcos Cordeiro,
Sua história é comovente.
No meu caso, hoje tenho só um dependente (esposa) e temos CASSI Família para três filhas. Tenho convicção de que até agora, minhas contribuições para a CASSI em 43 (quarenta e três anos) superaram em muito o uso que fiz. Graças a Deus, a saúde familiar as vezes claudicante tem bons períodos de tranquilidade. Hoje aos 68 anos de idade e minha mulher com 63, imaginamos que teremos que amiúde nos utilizar mais da CASSI do que o fizemos outrora.
Por certo, todos nós ao sermos obrigados a aderir à CASSI e PREVI quando adentramos ao Banco, tínhamos a certeza que a nossa velhice estaria garantida em termos de aposentadoria e de saúde.
O tempo passou, trouxe muitos sobressaltos, a medicina evoluiu, a inflação médica cresceu e surpreendentemente descobrimos nossa CASSI falida, insolvente. Importa sim saber porque, importa sim descobrir se houve gestão temerária, perdulária, doa a quem doer, todavia, também sabemos que não podemos mais ter a mesma cobertura médica pelo mesmo preço. Se queremos ter sempre a melhor assistência médica/hospitalar, se a inflação médica nos impõe um custo maior, se perdemos contribuintes por morte, se o BB não é mais o mesmo de antigamente, importa sim analisar tudo, todavia, principalmente para nós aposentados, não podemos deixar a CASSI ser extinta. Contribuo atualmente com CR$ 462,00 por mês (eu e esposa), vou passar a pagar R$ 906,00, se fossemos hoje ao mercado para adquirir planos de saúde compatível com a CASSI para nossa faixa etária teríamos que gastar cerca de R$ 4.000,00 e suportar carências para várias assistências, sendo assim, não é melhor suportar os novos valores da CASSI?
Quanto a discussão de que brevemente seremos penalizados com novos aumentos, isso é efêmero. As negociações são feitas para durar, para se perpetuar, todavia num País como o nosso a perenidade é possível? Quanto à discussão de que os novos funcionários que adentrarem ao Banco não terão a CASSI quando se aposentarem, não nos cabe discutir. Se fizerem o concurso e essa condição constar do edital e aceitarem, estarão jogando um jogo com novas regras que estará ao livre arbítrio de cada um aceitar ou não. Quanto à discussão de que seria melhor reformar o estatuto apenas para as cláusulas financeiras e aguardar as demais para reformar em outra ocasião, também não estou de acordo porque as cláusulas se completam, elas repercutem umas nas outras como um todo e se vamos consultar o corpo social, porque não modernizar todo o estatuto. Quanto à pergunta: e se conseguirmos derrubar a CGPAR 23? Ora se isso acontecer, e é desejo de todos, a diretoria por certo reabrirá a discussão para as adaptações cabíveis e pode mesmo até acontecer uma nova consulta ao corpo social, porque não? Quanto à discussão de que poderíamos deixar como está para ver como é que fica e que venha a ANS e sua intervenção. Ainda que exista um Help do BB para acomodar a situação, (e ele apregoa que não fará isso) como fica a responsabilidade civil dos que compõe a diretoria, o Conselho Fiscal, o Conselho Deliberativo, que acabaram de ser eleitos por nós?
Como dizia a minha avó, gente não vamos procurar chifre em cabeça de cavalo, porque quem procura acha. Os Dirigentes do Banco que lá estão, fora os politicamente nomeados, são nossos contemporâneos, formados com a mesma base ética, e associados da CASSI. Todas as nossas agruras decorrem de políticas governamentais descabidas, tendenciosas como sói acontecer com a resolução interministerial CGPAR 23, a quem o Banco e as demais estatais federais estão subordinados. Portanto, nossa batalha não é contra o Banco e contra a política governamental representada pela Resolução CGPAR 23.
Apesar de tudo isso, e muito mais, não podemos ficar sem a CASSI. Venho estudando este assunto desde a campanha eleitoral, tenho lido tudo.
Raimundo Pessoa Neto
CHIBATADA TARDIA
Prezado amigo Marcos,
Novamente me apresento a você para lamentavelmente discordar de sua matéria "Olhando para o Próprio Umbigo". Entre nós funcionários do Banco, aposentados e da ativa, não existe um sequer que esteja olhando para o próprio umbigo. Quando trabalhei no Estado do Mato Grosso (naquela época ainda não dividido), os boiadeiros para atravessar um rio em localidades sabidas como pontos de piranhas, jogavam eles um ou dois bois na frente e esperavam, quando as piranhas atacavam aqueles, eles passavam ao largo com o resto da boiada.
É exatamente isso o que o Banco está fazendo, chamando a atenção de todos para os valores das contribuições ( que a meu ver caracterizam um ato de Discriminação aos funcionários aposentados) e enquanto todos estão prestando atenção e discutindo essa questão, o banco atravessa na Proposta de Estatuto o voto de Minerva para o Banco - este sim o maior dano existente dentro da proposta - ele amanhã poderá estabelecer o que quiser para nós, como por exemplo, "a partir da data tal as internações só poderão ocorrer em enfermaria coletiva e não mais em quartos individuais, e ir remoldando nosso plano até ele virar um SUS piorado, com a desistência de muitos funcionários associados e o campo ficar livre para o Banco poder transformar a Cassi em um plano de saúde comercial e ser colocado no balcão para venda ao público em geral. Pegará o nome, a tradição e a respeitabilidade do nome CASSI que tem um valor milionário no mercado e lucrará absurdamente com isto.
Você fala em olhar para o próprio umbigo, mas já se perguntou se não é o Banco quem está olhando para seu próprio umbigo?
Sabemos do resultado de administrações sinistras ( essa situação já vem desde 2009) mas pergunto ao amigo, quando viu ou ouviu o Banco falar em apuração dos erros ocorridos e apuração de responsabilidades? O amigo não vai encontrar isso em ponto algum. O Banco não tem interesse em apuração dos fatos que conduziram a CASSI ao caos.
Só vemos chantagens e ameaças por parte do Banco e da Cassi, com a intervenção da ANS, isto é olhar para o próprio umbigo? De quem?
Eu gostaria muito que uma dessas instituições representativas dos funcionários denunciasse o Caos da Cassi ao Ministério Público para apuração dos fatos e verificação de Administrações Temerárias, Administrações Criminosas, danos causados pelo Banco à Cassi. ISSO SIM É OLHAR PARA O PRÓPRIO UMBIGO.
Você deve estar lembrado do golpe dado pelo Banco nos funcionários em 1997, que resultou na mudança de Estatuto da Previ e os danos advindos da infeliz mudança para nós funcionários. Igualzinho, o Banco pressionou, chantageou, mentiu, enganou e assim conseguiu alcançar seus objetivos. E o golpe do BET que o Banco queria tomar a bagatela de sete bilhões de reais e que hoje, graças a justiça se encontra em conta aprovisionada, não podendo haver o apossamento do dinheiro, pelo menos é o que sabemos.
Quem está olhando para o próprio umbigo meu amigo: nós ou o Banco do Brasil S.A.?
Respeito sua opinião, mas me dou o direito de discordar dela e vejo como útil que o amigo pense um pouco que seja no que estou lhe falando e mostrando.
Renovo meus votos de boa vinda de retorno a ação e rezo a nosso pai lá do céu que zele por sua saúde porque precisamos ainda muito de você.
Um abraço fraternal
Abel Ferreira Leal Júnior.
Sim
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