PREVI - Reajuste
irrisório
Curitiba (PR), 24 de
janeiro de 2.019.
Caros Colegas.
O reajuste da PREVI é tema obrigatório a ser abordado com
força de manifesto em todas as fontes possíveis. É lamentável o recorrente
descaso com que o Fundo deliberadamente ignora o assunto, como se o estado de
penúria a que estamos relegados contribuísse, sozinho, para o enriquecimento do
seu patrimônio - em nome dos interesses financeiros de quem está a servir, à
parte os participantes sobreviventes com as migalhas “beneficentes”
distribuídas. Até parece que a questão social não lhe diz respeito, notadamente
em se tratando de um instrumento criado para complementar aposentadorias e
pensões. A cegueira instalada remete ao entendimento de que a PREVI trabalha
contra os participantes, pois, até mesmo o complemento obrigatório é tratado
sob a corrosão permitida pelo índice inflacionário utilizado nos reajustes.
Estes, sabidamente nos levarão à extinção por asfixia financeira, pois nada
reajustam. Ao contrário, oficializam a diminuição gradativa dos benefícios. E
isto comprovadamente “agrada” à política de investimentos do Fundo, uma vez que
faz o seu patrimônio crescer sem esforço no sentido.
Nesta linha de raciocínio, é oportuno divulgar a Carta
endereçada ao Presidente do Conselho Deliberativo da PREVI pelo Colega EDISON
DE BEM E SILVA, onde ele pede tratamento humano para cuidar do assunto, e
resposta condizente abandonando a feição de “carimbo” com obviedades
repetitivas.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de
Andrade
Presidente da
AAPPREVI
Eis a Carta do Colega Edison de Bem e Silva (sócio da
AAPPREVI desde 2011):
Prezado colega,
Walter Malieni Junior
Presidente do Conselho Deliberativo da PREVI.
COLEGA,
A revolta entre aposentados da PREVI, em todo o Brasil,
contra o ridículo reajuste aplicado aos vencimentos, se torna ainda mais forte,
quando nos damos conta de que nada está sendo feito por aqueles que detém poder, para, pelo
menos, tentar algo, no sentido de minorar as necessidades sentidas pela maioria
dos colegas aposentados. As diversas entidades de funcionários e aposentados
parece que, também, não estão sendo ouvidas.
É LAMENTÁVEL este descaso com uma classe inteira,
aposentados estão por aí, implorando novos limites de empréstimos na PREVI ou
até pagando mais de 10%, ao mês, para tomar empréstimos em financeiras, com
objetivo, simples, de continuar vivendo. A envelhecida população alvo da PREVI,
a cada dia, sente a lépida elevação dos custos para viver, sem perceber
qualquer contrapartida de quem deveria zelar pela preservação de seu poder de
compra.
Foi constrangedor o, dito, reajuste e assim parece que
deverá se repetir nos próximos anos, se persistirem os “técnicos” recuos
inflacionários, que só aparecem no papel, ou para indexar índices, na hora de
reajuste de salários de trabalhadores.
É só entrar em um supermercado para comprovar o que digo.
Inexiste baixa em produtos.
Os nossos já “carcomidos” vencimentos vão continuar sendo
desvalorizados, mercê de projetados índices mensais negativos do INPC, que
haverão de pesar negativamente ao final do ano, deixando, assim, de cumprir a
missão de preservar o poder de compra dos aposentados.
Não é possível que esse Conselho Deliberativo seja
insensível as necessidades do imenso público que depende de suas decisões. E o
que mais nos deprime são as frequentes declarações de que a PREVI é nossa. Se
nem aqueles em quem votamos, que deveriam nos representar, demonstram
preocupação com esses problemas, muito menos os indicados pelo BANCO, estes
indexadores não os afetam.
MISSÃO, VISÃO, VALORES: FOCO NO ASSOCIADO-EFICIÊNCIA.
Pelo visto a DIRETORIA DA PREVI e seu CONSELHO DELIBERATIVO,
sob a tranquilidade de receberem excelentes salários, fortalecidos por
gratificações especiais, nem tomam conhecimento do que está ocorrendo na base.
ONDE ESTÁ O FOCO NO ASSOCIADO? E a preocupação com os seus
colegas de menor renda? Onde a eficiência de sentir as dificuldades, até antes
de acontecerem? E os estudos de cenários, já não mostraram tudo isso?
Pois vocês, colegas, foram ELEITOS E INDICADOS para isso,
para trabalhar em favor do ASSOCIADO, já que a PREVI é nossa, cabe-lhes nos
representar, projetar e resolver as possíveis dificuldades.
Ninguém está vendo qualquer movimento no sentido de
encontrar soluções, até porque os caminhos a percorrer são um pouco demorados,
visto que dependemos do Ministério da Economia, PREVIC- Superintendência
Nacional de Previdência Complementar e Banco do Brasil, para poder alterar os
parâmetros de reajuste, conseguir abonos emergenciais ou outras soluções
alternativas.
O certo é que algo tem de ser feito, e urgente, dependemos
da boa vontade desse Conselho e da celeridade de suas ações para oferecer
alternativas a todo esse povo aposentado da PREVI.
Aguardo manifestação desse CONSELHO, mas rogo que nos
respeitem, evitando respostas padrão, com as quais afastam cotidianamente todos
aqueles que recorrem aos seus préstimos, focando assuntos de difícil solução.
Esperamos verdade e sinceridade, até mesmo confessando, se
for o caso, impossibilidade de levar adiante o assunto, para que possamos
buscar novos horizontes mais promissores.
Passo a aguardar resposta, na esperança de que já estejam
providenciando alguma solução, a fim de evitar que colegas continuem passando
necessidades e enfrentando sérias dificuldades para viver.
SAUDAÇÕES. Pelotas (RS)
21.01.2019.
EDISON DE BEM E SILVA.
APOSENTADO PREVI -
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