Não mexa com o meu BB – nem ele com os seus
aposentados!
aposentados!
Marcos Cordeiro de Andrade
Curitiba (PR), 21 de julho de 2019.
Caros colegas,
Tenho sido assediado constantemente para manifestar opinião
em defesa do BB. Há até uma campanha robusta (e cara) com o slogan “Não mexe no
meu BB”. Acho louvável essa iniciativa, ainda mais partindo de representações
dos funcionários interessadas em batalhar para que nada mude no seu entorno.
Sinal de que estão satisfeitas com o que o Banco faz e professa. Mas, entendo que
não mexer é deixar tudo como está, não importando a quem desagrade.
Diferentemente de mexer, bulir, que resulta em mudanças, modificações. Não
mexer obriga ao discordante engolir prejuízos como se estivesse satisfeito.
Calar quando deveria gritar. Fazer-se de cego quando precisa enxergar. Agir
como surdo ao invés de acurar os ouvidos. Enfim, adotar a postura dos “três
macacos sábios”.
Subentende-se que essa campanha diz respeito ao risco de
privatização. Aí já não acho necessário aderir, posto que se o governo optar
por essa infeliz decisão nada o deterá. Ou esquecem que ele é o dono do Banco?
Nesse caso tal campanha é inócua e política.
Diferentemente de outras Estatais, o Banco do Brasil se
defende sozinho, pois sua História se confunde com a do País. Mesmo assim, sem
ser adivinho ou contar com informantes de peso, posso dar minha opinião a
respeito pelo que entendo. Parece coisa de quem quer recuperar status
depois de atrapalhar os planos do Banco como ocorreu recentemente, ao tentar
mudar o Estatuto da CASSI – para o seu bem, diga-se. Transferir
responsabilidades é uma forma de fugir ao cumprimento do dever.
No entanto, aja ele com mais acerto nos seus erros que posso
até perder tempo com a campanha. Mas, como esquecer o quanto ele mexe comigo?
Como esquecer o tratamento que me dá enquanto aposentado? Como esquecer os anos
de dedicação integral gastos para cumprir suas metas? Como esquecer o esforço
despendido (e não reconhecido) no interior para engrandecê-lo e ao País? Como
esquecer a supressão dos meus direitos? Pois ele tudo pode. Pode mexer nas
“minhas Caixas” com simples mudanças nos Estatutos – sempre em prejuízo dos
participantes.
Será que em aderindo à campanha ele se livra do risco da
privatização? Passará ele a cumprir os acordos do passado que me disponibilizou
“assinando embaixo”? Lembro agora de notáveis descumprimentos de promessas
carimbadas no ato da posse: que minha viúva teria direito a 100% da pensão; que
eu teria direito a um Plano de saúde dali para a frente e que cumpriria os
acordos salariais. Cadê a equiparação com o Banco Central, verba que ganhei na
Justiça, mas não levei?
Lamento colegas, meu discernimento afasta a possibilidade de
propalar e enaltecer essa Campanha. Isso não é função minha. Mas de quem nada
tem a reclamar do BB.
Todavia, terão meu inteiro apoio se for lançada uma Campanha
mais condizente com a realidade, como, por exemplo: “BB, não mexa com meus
direitos”.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
- 80 anos -
Aposentado do Banco do Brasil
Matrícula nº 6.808.340-8
12 comentários:
Parabéns pela lúcida constatação, também comungo do seu pensamento, caro Marcos. Assino embaixo e dou fé. Sizenando.
REPASSANDO ===> Eis aí, Colegas, a campanha condizente com a nossa realidade: “BB, não mexa com meus direitos”.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
- 80 anos - "
--- Como se diz por aí: ESTOU COM ELA E NÃO ABRO!
Paulo Lacerda (Rio)
- 90 anos -
Muito racional e objetiva suas colocações. É importante juntar as duas lutas.
Pedrito Fábis - Campinas-sp
Excelente, como sempre. A única palavra na qual confio.
O senhor e o André Mascarenhas deveriam estar na mesa de negociação da Cassi.
Parabéns, Marcos Cordeiro de Andrade.
Reconheço, como você, o papel que o Banco do Brasil teve no desenvolvimento do País com nossa mão de obra juvenil e carregada de esperança em um futuro seguro e solidário. Eu tenho uma adoração pelo BB de outrora, dava-nos segurança e certeza na construção de um bom alicerce para o nosso futuro e de nossa família. Porém como disse, tudo mudou. Quem era nosso parceiro (com relação ao apoio as nossas caixas), tornou-se adversário. Muitos dos atuais "colegas" a exemplo do Mailson da Nóbrega, entendem que a privatização do Banco é o caminho e aí eu acrescento: livrando-se da CASSI tudo ficaria mais fácil.
Triste mas com um restinho de esperança,
Atenciosamente,
Aloísio Cuginotti.
Verdade, Marcos Cordeiro. O Banco do Brasil já tem muito quem o defenda. Até parece que a associação não é dos funcionários do banco do brasil.
Carlos Procópio
Meu caro Marcos, mais uma vez venho me solidarizar com o nobre colega, ressaltando que essa Campanha, a meu ver, é um tremendo desrespeito a nós, aposentados das antigas que, ao assinar nosso Contrato de Trabalho, nos era garantido tanto a Aposentadoria quando a Saúde às expensas do Banco, sem falar em inúmeros outros prejuízos a nós causados pela ousadia desse mesmo Banco truculento ao desrespeitar frontalmente tanto as leis então vigentes, bem como suas promessas feitas. Eis o meu apoio incondicional. Geraldo Vaz de Mesquita.
Sérgio Roberto Costa de Castro:
B.B., NÃO MEXA COM MEUS DIREITOS, diz o colega Marcos Cordeiro, oportunamente. A intervenção da A.N.S. na CASSI vem embasada nas 'anormalidades econômico-financeiras e administrativas, graves, que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde". Não é pouco, amigos..
2. Paralelamente convivemos com o impasse, causado pela insistência do Banco do Brasil em misturar, nas duas últimas consultas ao Quadro Social, cláusulas econômicas com questões administrativas, ou seja, mudança estatutária. E que mudança estatutária, amigos!
3. O Artigo nº 83 do Estatuto da CASSI garante que "em caso de extinção da CASSI o patrimônio remanescente será transferido para o Banco do Brasil que DEVE APLICÁ-LO na assistência a seus funcionários da ativa E/OU APOSENTADOS e pensionistas". A mudança patrocinada pelo B.B. suprime a referência a APOSENTADOS E PENSIONISTAS.
4. Mais uma vez cabe alertar os incautos: o artigo nº 83 é a barreira, a garantia, que impede 'aposentados e pensionistas' de serem atirados ao Mercado Financeiro da Saúde, através de artimanhas redacionais engendradas com o objetivo de subtrair o vínculo entre contratados e contrante.
5. Para os que não mais creem em palavras vazias, o caminho tem sido AÇÕES DECLARATÓRIAS tendo como objetivo a DECLARAÇÃO JUDICIAL do BANCO DO BRASIL responder pela garantia à assistência médico hospitalar de seus funcionários aposentados e pensionistas, e seus dependentes, INDEPENDENTE DA EXISTÊNCIA OU NÃO, MANUTENÇÃO OU NÃO, DA CASSI.
6. Simples, sem discursos, negaças ou artifícios: TEM OU NÃO TEM ESSA RESPONSABILIDADE? Abraços a todos e não denigram o mensageiro pelo simples fato de trazer-lhes uma mensagem desagradável....
Concordo 100% com você, colega.
Glória Santana
A campanha da ANABB " #NAO MEXE NO MEU BB "
me parece no mínimo inoportuna. Da a entender que o Banco é "nosso (meu).
Creio que assim 99,99% da população esta entendendo
a campanha.
Ele é "meu".
Os demais nada tem a ver.
Antonio Luiz Rucker
Estrela - RS
Prezados colegas BB,
Concordo com o Antonio Luiz Rucker.
Tenho a mesma impressão. Faltou bom senso.
Cordialmente,
Hugo Tavares de Carvalho.
Marcos, me mandaram convite para participar de tal luta, escrevi de volta: ATÉ ONDE ME LEMBRO A ANABB FOI CRIADA COM UM ÚNICO OBJETIVO, DEFENDER O BB, NÃO SEUS FUNCIONÁRIOS, PORTANTO ME DOU AO DIREITO DE DEFENDER OS MEUS DIREITOS, O BCO SE QUISER DEFENDA OS SEUS.
sergioinocencio
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