MENSAGEM DO DIRETOR SATORU – DA CASSI
Esta
mensagem circulou ontem (31/01/20) nas redes sociais. A AAPPREVI recebeu
autorização do autor para divulgá-la nos seus meios de comunicação:
“O Diretor
Satoru autoriza, desde que a matéria na íntegra. Diferente disto, pode ficar
descontextualizado e, assim, gerar interpretações equivocadas”.
É como
agimos:
Colegas, informo que várias operadoras privadas,
não apenas a Bradesco Saúde, conforme noticiado pelo Correio Brasiliense,
analisaram sim a possibilidade de comprar parte da CASSI, obviamente a parte
mais rentável.
Nós não poderíamos divulgar tais "intenções" dessas operadoras, pois nenhuma fez qualquer publicação oficial sobre isso, e - o fato mais importante - essa informação seria interpretada como "terrorismo" para convencer os associados a votarem "sim". Creio que agimos corretamente, sobretudo por causa da segunda variável.
Quanto à possibilidade real de alienação das carteiras, que
poderia evoluir para a liquidação da CASSI pela ANS, creio que divulgamos
fartamente essa informação, tanto nos meios oficiais, no site e nos e-mail
enviados aos associados, como na apresentação da proposta ao vivo em diversas
entidades, dependências do Banco, sindicatos e associações.
A nossa projeção é que, sem os recursos do Memorando de
Entendimento que venceu em dez/2019, em torno de $50.milhões mensais, sem
recursos novos da contribuição por dependentes, e margem de solvência negativa
acumulada em mais de $1.bilhão, a CASSI sobreviveria, no máximo, até março, ou
abril de 2020.
Sem esses recursos não teríamos como cumprir o Programa de
Saneamento apresentado à Direção Fiscal da ANS em 17/12/2019, e com CERTEZA
seria decretado o processo de liquidação.
MAS, ATENÇÃO:
Os $1.bilhão que o Banco repassou à CASSI em 20/01/2020, com um
mês de atraso por causa da judicialização, referente ao GDI e à contribuição
patronal sobre os dependentes e a taxa de administração de 10%, de jan a
nov/2019; apenas recompuseram o patrimônio social e cerca de 90% da margem de
solvência. Logo, os recursos garantidores, mesmo com essa injeção, continuam
negativos, assim como cerca de 10% da margem de solvência.
Na proposta aprovada em nov/2019, consta o "saving", ou ganho
de eficiência anual de $396.milhões, ou seja, cerca de $1,2.bilhões em três
anos, conforme comunicado do Presidente da CASSI, reproduzido pela matéria do
Correio Brasiliense.
Esse foi o compromisso firmado pela Diretoria, ou seja, fazer uma
economia anual de cerca de $400.milhões, nos próximos três anos, totalizando
cerca de $1.2bilhões, para fechar a conta. Caso não houvesse esse compromisso,
haveria a necessidade de se aumentar em cerca de 1% para os associados e também
para o patrocinador, o que seria inviável, pois o Banco já havia firmado
posição nos 4,5%.
SEJAMOS OTIMISTAS:
Sim, confiem no trabalho que estamos desenvolvendo, com uma frente
ampla de ações que integram o Programa de Saneamento, como:
- renegociação dos contratos com a rede credenciada, para reduzir suas
tabelas de preços;
- aprimoramento das auditorias no leito hospitalar e nas faturas;
- centralização de atividades administrativas e operacionais, com ganho
de eficiência e qualidade;
- novos modelos de negociação para eliminar os contratos de conta
aberta, ou “fee for service”;
- revisão do PAF segundo a lógica assistencial e acoplada às linhas de
cuidado, conforme foi projetado em sua origem;
- reorganização da rede credenciada de acordo com o novo modelo de
regulação e modelo assistencial baseado na estratificação do risco populacional
e nos perfis epidemiológicos;
- expansão da ESF para todos os associados e dependentes do Plano de
Associados nos próximos quatro anos;
- informatização de processos, intensificação de aplicativos no APP;
- treinamento maciço de todos os funcionários dedicados a assistência à
saúde, e à negociação com a rede credenciada;
- implantação do “Saúde na Linha”;
- diversas outras ações.
Tais ações e projetos iniciados no segundo semestre/2018, vem
surtindo efeito e promovendo ganhos de eficiência que permitem recomendar a
todos os associados para que “fiquem otimistas”.
A prévia do exercício de 2019 que a Diretoria Financeira nos
apresentou, demonstra uma economia real, de 2018, para 2019, de cerca de
$300.milhões, ou seja, o resultado de 2018 foi de $377.milhões negativos, e a
prévia de 2019 apontou cerca de $77.milhões negativos.
Se considerarmos que a inflação da saúde foi de 17%, podemos inferir que
a economia foi de cerca de $350.milhões.
O cálculo atuarial é feito de maneira um pouco mais complexa, pois
considera diversos outros fatores, além da variável financeira. O orçamento
para 2019, que foi construído em nov/2018, indicava um déficit de cerca de
$820.milhões. Nesse cálculo foram considerados, dentre outras premissas:
inflação da saúde, taxa de morbidade, faixa etária da população, índice de
sinistralidade, risco de seleção adversa, série histórica de 10 anos, com
abrangência de 36 meses anteriores, projetados mês a mês, de jan a dez/2019.
Se compararmos o déficit projetado pelo orçamento, de $820.milhões
negativos, versus o fechamento estimado em dez/2019, em torno de 77 milhões
negativos, o ganho de eficiência ficou próximo de $742.milhões no ano de 2019.
Esclarecido o que é “economia nominal” e “ganho de eficiência”, em
resumo, a prévia do resultado de 2019 demonstra uma “economia nominal” de
$300.milhões, e um “ganho de eficiência” de cerca de $742.milhões.
Eis a razão do otimismo, pois esses resultados de 2019 evidenciam que
estamos no caminho certo, e que as ações e os projetos acima elencados
proporcionam a segurança para afirmar que alcançaremos os $400.milhões de
“ganho de eficiência” neste ano de 2020, bem como em 2021 e 2022, conforme
acordado na proposta vitoriosa de nov/2019, assim como no Programa de
Saneamento apresentado à Direção Fiscal da ANS.
Satoru
Obs. do Blog: Luiz Satoru Ishiyama é Diretor de Saúde e Rede de Atendimento
da CASSI.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
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