Não existe rombo na Previ
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Associados não correm risco de pagamentos de contribuições extraordinárias. Entenda.
13/02/2025
Na terça-feira, 11/2, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu início ao processo de auditoria na Previ. A Entidade se coloca à disposição para fornecer todas as informações necessárias e colaborar integralmente com o processo de forma a esclarecer os fatos e tranquilizar seus associados.
Desde que a auditoria foi anunciada, em 5/2, várias informações sobre a Previ foram divulgadas na mídia e nas redes sociais. Por isso, é importante frisar: não existe rombo na Previ. Não há risco de suspensão do pagamento de benefícios, nem da realização de contribuições extraordinárias por parte dos associados ou do patrocinador, o Banco do Brasil.
O déficit mencionado pelo TCU, no valor de R$ 14 bilhões, é um recorte referente a um período muito específico – de janeiro a novembro de 2024 – em que houve grande oscilação do mercado financeiro. Foi um ano desafiador, que impactou diretamente os investimentos da Previ. Mesmo assim, os investimentos do Plano 1 tiveram desempenho positivo. Foram cerca de R$ 5 bilhões de resultado no período analisado, valor que não foi suficiente para cobrir as despesas.
Dados do último resultado divulgado, com dados acumulados de novembro, mostram que o Plano 1 encerrou novembro com superávit acumulado de R$ 528 milhões. Como o Plano 1 tinha tido resultado expressivo em 2023, de R$ 14,5 bilhões de superávit acumulado, essa “gordura” foi consumida, mas o plano continuou superavitário. Além disso, encerrou o período com um patrimônio de R$ 243 bilhões. Segundo nossos cálculos atuariais, esse montante seria suficiente para pagar os benefícios de todos os associados da Previ até 2100 – ano estimado de encerramento do plano – e ainda sobraria dinheiro.
A Previ não precisou vender nenhum ativo por um preço abaixo do valor de mercado para honrar os seus compromissos. Por isso, não há que se falar em rombo ou prejuízo. A Entidade tem uma política de caixa mínimo, que garante o pagamento dos R$ 16 bilhões em benefícios por ano, independentemente do cenário econômico.
O resultado acumulado ano a ano mostra a capacidade de recuperação do valor dos ativos da Previ. Em 2015, por exemplo, o resultado acumulado do Plano 1 foi negativo em R$ 16,1 bilhões. No auge da pandemia, em março de 2020, atingiu o patamar negativo de R$ 23,6 bilhões, mas encerrou o ano com superávit de R$ 13,9 bilhões. A Previ tem trabalhado para diminuir essas flutuações.
No passado, o Plano 1 tinha alta concentração em renda variável, que chegou a 70% da carteira no início dos anos 2000. Isso possibilitou a formação de um patrimônio bilionário e a distribuição de superávits aos associados entre 2006 e 2013 (mais de R$ 45 bilhões, em valores atuais). Vale destacar que, analisando os últimos 20 anos, a rentabilidade acumulada do Plano 1 supera a meta atuarial, que é o resultado necessário para o plano cumprir os seus compromissos com o pagamento de benefícios. De 2005 a novembro de 2024, os investimentos do plano renderam 978%, enquanto a meta foi de 705%.
Agora, com quase todos os associados em gozo de aposentadoria ou pensão, a estratégia é garantir o pagamento dos benefícios. Para isso, é importante que o plano continue em equilíbrio. Em 2012, o Plano 1 iniciou a estratégia de “imunização do passivo”, que reduz a exposição em renda variável e aumenta em renda fixa.
Só em 2024 foram investidos cerca de R$ 13 bilhões em títulos de renda fixa, como as NTN-B. Esses títulos têm taxas de juros compatíveis com a meta atuarial – parâmetro de rentabilidade mínima de rendimentos do plano. Além disso, protegem os ativos da inflação e pagam juros todo o semestre, colaborando com o fluxo de caixa. Se a Previ não tivesse feito o trabalho de imunização, em vez de equilíbrio, o Plano 1 poderia estar deficitário em cerca de R$ 17 bilhões (e bem próximo do equacionamento).
Apesar de um 2024 desafiador, o Plano 1 segue em equilíbrio. Há 120 anos nunca atrasamos, em um dia sequer, o pagamento de nenhum benefício. E continuaremos assim, firmes no propósito de cuidar do futuro das pessoas.
Fonte: Site da PREVI – www.previ.com.br
Reproduzido no blog www.previplano1,com.br por Marcos Cordeiro de Andrade